sexta-feira, 29 de abril de 2011

Que copo eleger para desfrutar um Casillero del Diablo


Se quero tomar uma Casillero del Diablo, importa em que copo (taça) eu o sirva? Há alguma diferença entre serví-lo em um copo mais grande, mais pequenoou mais largo que outro?

Para muitos a resposta poderia ser: "Dá no mesmo em que copo", porém para os que conhecem vinho o copo influencia, e muito, já que ajudará que o vinho expresse melhor seus aromas e sabores.

De um modo geral a base do copo deve ser bem ampla para que tenha um bom equilíbrio. A aste redonda para facilitar a tomada, o recepiente deve ser alto e largo no meio para permitir que o vinho possa ser movido facilmente, e boca mais fechada e pequena o suficiente para capturar os aromas do vinho.

O ideal é que seu tamanho seja igual ou maior que 18 centímetro. Esta descrição corresponde à bebida Bordeaux. Em geral, estas mebidas são boas para todos os vinhos tintos. Mas deve-se ter um pequeno cuidado: o copo nunca deve ter beba pode ter mais de 2/3 de vinho. Isto porque o vinho deve ter mobilidade, a fim de abrir-se e ser exibido como tal. No caso dos brancos, a quantidade não deve ultrapassar 1/3 da sua capacidade devido a temperatura. Se você serve muito vinho, os últimos goles não estarão na temperatura ideal.

Existem vários tipos e tamanhos de copos de vinho, cada um desses apresenta diferentes atributos para desfrutar o vinho.

Algo diferente é o vinho que mantivemos durante anos, como poderia ser o caso do Casillero del Diablo Cabernet Sauvignon Reserva Particular Syrah (tenho 4 exemplares adquiridos no Uruguai, aguardo ansioso omomento de sua degustação). Para estes vinhos copo de cristal seria o ideal, visto que eles podem expressar até mesmo o mais tímido de seus aromas.

Para o nosso Espumante Brut Reserva Casillero del Diablo a taça deve ser alongada (tipo tulipa) e ter bastante profundidade, com uma boca estreita para concentrar as bolhas de aroma. O copo deve ser enchido ¾ a fim de testemunhar o movimento das bolhas até a superfície. A temperatura ideal é entre 6 e 8 graus celcius.

Iindependente do copo escolhido, devemos ter cuidado com detergentes. Se você lavar os copos com esses produtos não se esqueça de enxaguar muito bem. O detergente pode mudar drasticamente um vinho, inclusive levá-lo à ruína. Recomenda-se lavar os copos apenas com água.

Outro fato que os peritos recomendam é secar os copos imediatamente após a lavagem com uma toalha de papel, que é neutro em aroma. Assim, os copos estão limpos e ansiosos à espera de serem utilizado na próxima vez

Lembre-se, o vinho tomado com moderação previne doenças cardíacas, antioxidantes que contribuem para o nosso corpo, entre outros benefícios. Saúde!

Título Original: ¿Qué copa elegir para disfrutar un Casillero del Diablo?
Tradução: Ewertom Cordeiro
Fonte: http://cdd.casillerodeldiablo.com/?lang=es

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A rolha faz a diferença

 
 
Vejam a foto acima, reparem nesta última rolha, a quinta da esquerda pra direita. É... Ela realmente destôa das outras não é mesmo? No visual ela é maior e mais larga, no tato é muito mais consistente. Foi retirada da garrafa de um Caymus 2008, um cabernet sauvignon californiano do Vale do Napa. Não resta a menor dúvida que o vinho é excelente, de nariz e de boca, caro, imponente e que tem seu valor. Contudo, será que precisa mesmo da rolha com esse tamanho?

Será que isso não encarece mais o produto? Sobre o ponto de vista do crescimento sustentável, será que é ecologicamente correto? Vejamos a seguir de onde são extraidas, como são produzidas, quais os tipos de rolha, a partir daí tirem suas conclusões.

A rolha é um objeto de cortiça compressivo e elástico,de origem vegetal obtido da casca do sobreiro. O sobreiro cujo o nome científico é Quercus suber é uma árvore encontrada principalmente nos seguintes paises: Portugal, Argélia,Espanha,Marrocos,França, Tunísia e Itália. Dos 22 bilhões de rolhas produzidas por ano no mercado mudial, 80% é porduzido em Portugal. Ao longo dos anos a rolha de cortiça tem se tornado um oligopólio natural.

Ainda é impossível desvincular a imagem de um bom vinho, de uma bela garrafa e uma boa rolha. Porquê? Pode ser pela tradição e pelo fascínio que esse tipo de produto exerce sobre o consumidor. Quantas vezes servimos um vinho para um leigo e nos deparamos com o seguinte cometário. "Esse vinho é muito bom ! Olha só o pêso dessa garrafa !" Pois é existe um certo misticismo com esses detalhes. Como se garrafa pesada fosse sinal de vinho bom.

Sobre a rolha posso dizer, é um componente que revolucionou a indústria do vinho. Material excelente para a vedação das garrafas por ser impermeável, elástica, resistente e durável.

Antes da descoberta da rolha, valia tudo para conservar o vinho, até mesmo o uso de azeite ou óleo vegetal, que não sendo missíveis com o vinho ( menor densidade) formava uma camada na superfície isolando-o do meio exterior.

O sobreiro como é chamado o Quercus suber é uma árvore que vive 150 anos e tem sua primeira extração de rolhas aos 20 anos. Suas extrações seguintes são a cada 10 anos. A cortiça mais adequada só é conseguida na terceira extração. Um sobreiro permite ao longo de sua existência 12 a15 extrações produtivas. O fato também da árvore só ser encontrada em pouquíssimos países, torna a cortiça um material caro. Não é por acaso que as rolhas dos vinhos inferiores são muito curtas e feitas de aglomerado de raspas ou só de pó de cortiça.

Uma rolha decente (comprida e de boa cortiça) é fundamental na conservação de um bom vinho, porém, isso não depente só da rolha, a garrafa tem que ficar numa posição que o líquido mantenha contato com a rolha pois, molhada a cortiça se expandirá e vedará completamente a garrafa. Uma rolha defeituosa pode apresentar vazamentos e permitir a entrada de oxigênio na garrafga, fato extremamente nocivo ao vinho.

Quando contaminada por fungos transmite ao vinho cheiro e gosto desageadáveis com características de mofo ou papelão molhado. O vinho com cheiro de mofo é chamado de "bouchonée"( do Francês; buchon = rolha). Por isso longe de ser pedantismo, examinar a rolha e cheira-la quando uma garrafa é desarrolhada à mesa.

A rolha de cortiça é companheira do vinho desde o século XVI. Atualmente existe uma grande discursão em torno do preço das rolhas e da contaminação a qual elas estão sujeitas. A contaminação pode ocorrer no sobreiro e nas reações com produtos químicos (fenois). Visto esses problemas passou-se a questionar o uso da rolha de cortiça e iniciaram-se pesquisas para encontrar um subistituto sintético à altura.

A guerra das rolhas de cortiça versus rolhas sintéticas está acirrada, os americanos,autralianos e inglêses acham que o vinho é como qualquer outro produto alimentício, e portanto a contaminação é imperdoável. Isso vai de encontro ao fato de que 10% dos vinhos fabricados são bouchonné. Os pró-cortiça apontam as impurezas das sintéticas e afirmam que o não uso da cortiça acarretaria sérios danos econômicos aos países produtores e levaria extinção das florestas de sobreiro e destruição do habitat natural de inúmeras espécies de pássaros raros.

Outro tipo de vedação de garrafas é a que utiliza tampa de rosca a "screw cap"(usadas também em garrafas de Uísque), esta vem se tornando popular, principalmente nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Inglaterra.

Existe uma campanha agressiva feita pelos pró-sintética e pró-rosca, a ponto de ocorrer em Nova York no ano de 2002, um jantar funeral da rolha de cortiça. Todos foram ao evento trajando luto e o fato que chamou atenção foi o pronunciamento da fomosa Master of Wine, Jancis Robinson que proferiu palavras de despedida à rolha tradicional.

Em 2003, outro expoente da enologia mundial Hugh Johnson escreveu em seu "Pocket Wine Guide 2003", que 5 a 10% das garrafas de vinho são contaminadas pelo tricloroanisol (TCA), que rolha de cortiça é importante no envelhecimento lento do vinho, mas os vinhos do dia a dia, de caráter fresco e frutado, devem ter tampa de rosca.

Em seu livro "O vinho no Gerúndio" o mestre Júlio Anselmo de Souza Neto afirma que: "Penso que uma garrafa de vinho com rolha sintética ou tampa de rosca é como uma mulher elegantemente vestida, mas calçando sandálias havainas".

Olhem novamente a foto, a terceira rolha da esquerda pra direita é de um Don Melchor 2005, um dos ícones da America do Sul. Um vinho tão bom ou melhor que o nosso Caymus 2005. Observem o tamanho da rolha do Don Melchor, ela não tem nada de paranormal. Já a segunda rolha da esquerda pra direita pertence a um super toscano Biondi Santi, o emblemático Sassoalloro 2005, também nada de paranormal. Duas rolhas extremamente simples utilizadas na vedação de dois grandes vinhos. Agora pensem, analisem e tirem suas conclusões.

Fontes:

01. Manual Didático do Vinho ( Daniel Pinto)
02. O Vinho no Gerúndio ( Júlio Anselmo de Souza Neto)
03. The Oxford Companion to Wine ( Jancis Robinson)
04. Larousse do Vinho

Texto e imagem extraidos do Blog Goles e Dicas! Aos amantes do vinho recomendo o Blog!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Concha Y Toro - História, tradição e qualidade

A vinícola chilena Concha y Toro nos últimos anos acabou por sepultar um tabu que há décadas dizia que vinhos de qualidade eram franceses ou italianos. Quer seja no segmento Premium ou no popular os vinhos da Concha y Toro estão entre os mais consumidos do mundo, encantando o olfato e o paladar até dos mais exigentes consumidores.

A história

A história de uma das marcas mais fortes do Chile começou em 1883 quando Don Melchor De Concha y Toro, um distinto advogado, empresário (que acumulou fortuna explorando minas de prata no deserto de Atacama) e político influente no país (incluindo eleições para deputado e senador e três passagens pelo Ministério da Fazenda), acompanhado de sua riquíssima mulher Emiliana Subercaseaux, fundou a vinícola com o nome de Marquês de Casa Concha, localizada na pré-cordilheira, perto da cidade de Santiago, com o objetivo de explorar o potencial da produção vitivinícola do vale do Rio Maipo, onde o clima era mediterrâneo e o solo aluvial. Ele importou as mais exclusivas mudas de uvas de Bordeaux, região francesa tradicional na produção dos melhores vinhos do mundo, plantou no vinhedo de Ponte Alta e contratou um importante enólogo francês, Monsieur de Labouchere, para preparar os seus primeiros vinhos. Nascia uma lenda.

O maior e mais importante vinhedo do Chile foi pioneiro na produção de vinhos. Conta a história que uma praga devastadora arrasou as plantações na Europa de onde foram colhidas as mudas trazidas por Don Melchor. Por isso, apenas ali, no Vale do Maipo, encontram-se as raras parreiras com as uvas que produzem o famoso vinho Don Melchor, que conquistou os críticos internacionais da bebida. Os vinhos produzidos tiveram sucesso imediato. Porém, foi o emblemático Casillero del Diablo, feito da uva Cabernet Sauvignon, que projetou o vinho chileno para o mundo. Foi em 1891, que Don Melchor criou o que é hoje um dos vinhos mais conhecidos mundialmente. A lenda que cerca este mítico e aclamado vinho, transformou os vinhedos do Chile famosos no mundo inteiro. No ano seguinte, com a morte do fundador, seu filho, Juan Enrique, assumiu o comando dos negócios.

O primeiro carregamento de Concha y Toro á desembarcar na Europa foi em 1933 no porto de Roterdã na Holanda. A consagração da conquista do mercado mundial se deu a partir de 1957, com a vinda de Don Eduardo Guilisasti Tagle para a presidência da empresa, o qual adquiriu novos vinhedos; criou uma vinícola orientada só para a exportação, chamada Cono Sur; fincou pé no outro lado da cordilheira, adquirindo um vinhedo em Mendoza (Argentina), onde instalou a Bodega Trivento, também focada no mercado externo; iniciou o desenvolvimento de novos produtos e adequou a política da empresa aos padrões mundiais de qualidade. Em 1994, se tornou a primeira empresa do setor no mundo a comercializar ações na Bolsa de Nova York.

A partir desta década a empresa iniciou o lançamento de vinhos excepcionais, como em 1997, quando foi produzido em parceria com a famosa e conceituada vinícola francesa Baron Phillippe de Rotschild S.A, o aclamado Almaviva, safra 1996, inaugurando, no Chile, a categoria Primer Orden (equivalente à categoria francesa “Grand Cru Classe”). As uvas utilizadas na fabricação deste aclamado vinho advêm de plantas com mais de vinte e cinco anos de idade e que se encontram em um setor denominado Puente Alto. O Almaviva é o único vinho do Chile a ter sua bodega em caráter Chateau, ou seja, um vinhedo, uma bodega e uma equipe técnica exclusivos para a produção de um único vinho. Para entender o sucesso desse vinho tinto, 99% de sua produção é exportada e negociada por brokers franceses e distribuída para as melhores lojas e restaurantes do mundo. Em 2000, outra lenda foi introduzida no mercado: o vinho TERRUNYO.

Quatro anos mais tarde a Concha y Toro atingiu o volume de 1.5 milhões de caixas do vinho Casillero del Diablo exportadas. Nesta época, o mais conhecido vinho da empresa, Casillero del Diablo, ganhou nova roupagem e garrafa, além de uma enorme campanha de marketing nos 114 países onde é vendido, se transformando em uma marca global. No início do novo milênio, a Concha y Toro se posicionava como a sétima maior produtora do mundo e a primeira da América do Sul. Em 2010 a Concha y Toro assinou uma parceria inédita com o Manchester United para ser o vinho oficial da tradicional equipe inglesa. O acordo tem como objetivo aumentar a notoriedade da Concha y Toro e das suas marcas no mundo inteiro, com particular foco nos mercados da Ásia, América Latina, África, além do leste e norte da Europa. No início de 2011, a empresa anunciou a compra da Fetzer Vineyards, maior vinícola do condado de Mendocino, na Califórnia. Com isso, a empresa chilena adicionou ao seu portfólio marcas como Fetzer, Bonterra, Five Rivers, Jekel, Sanctuary e a licença de uso da Little Black Dress.

Afinal, o que faz um vinho ser tão apreciado e admirado assim? Um dos segredos está na matéria-prima. A Concha y Toro tem como filosofia que a qualidade dos vinhos nasce na parra, independentemente de estarmos falando de vinhos com produção em massa, como Frontera ou Sunrise, ou de vinhos especiais, como Amelia ou Don Melchior. E para garantir matéria-prima de qualidade alguns cuidados são fundamentais. A escolha do terroir – termo francês que significa o local ideal para a plantação – a adequada seleção das mudas e o manejo são os fatores principais que influenciam no produto final da Concha y Toro.

Um vinho cheio de mistérios

A lenda do vinho Casillero del Diablo, feito da uva Cabernet Sauvignon, começou há mais de cem anos, em 1891, quando o fundador da marca resolveu reservar para si os melhores vinhos das safras de suas vinícolas. Como forma de manter inalteradas as condições de temperatura e unidade, estes vinhos foram guardados ao fundo de uma magnífica adega subterrânea (em espanhol “casillero”), um depósito especialmente destinado a este fim. Passado algum tempo Don Melchor de Concha y Toro percebeu que estes vinhos estavam desaparecendo misteriosamente.

Depois de inúmeras conversas chegou à conclusão que estavam sendo roubados por pessoas das redondezas. Diante disto, para cessar o sumiço dessa reserva preciosa, espalhou o boato de que o próprio diabo vivia dentro do porão no qual os vinhos estavam armazenados. A história funcionou. O medo afastou todos os ladrões, e, nunca mais, sequer uma garrafa voltou a desaparecer. Nascia assim o lendário vinho Casillero del Diablo (em espanhol, “a Adega do Diabo”). O mítico vinho seria lançado no mercado somente em 1963, sendo um dos principais responsáveis por projetar a Concha y Toro internacionalmente, vendendo todos os anos mais de 2.6 milhões de caixas no mundo inteiro. Atualmente a linha Casillero de Diablo é composta pelos vinhos tintos (Carmenére, Merlot, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Pinot Noir e Malbec), brancos (Chardonnay, Sauvignon Blanc Riesling, Pinot Grigio, Viognier e Gewürztraminer) e rose (Shiraz), além da linha Reserva Privada (CS/Shiraz e Sauvignon Blanc) e um espumante. O famoso finho tem como slogan “Casillero del Diablo. Chilean wine legend” (“La Leyenda del Vino”).

Um cardápio de qualidade

Os vinhos Concha y Toro e Casillero del Diablo são apenas algumas das marcas produzidas pela empresa. Entre sua gama de produtos existem desde vinhos de excepcional qualidade como Don Melchor (um Cabernet Sauvignon feito com uvas do melhor e mais antigo vinhedo da casa, o Puente Alto, lançado no mercado em 1987), Carmín de Peumo (um vinho espetacular, com seu aroma e cor, que consagrou in¬ternacionalmente a uva carmenère), Amelia, Terrunyo (produzido com uvas de vinhedos selecionados onde o micro-clima, as uvas Carmenère, o solo e a mão perita do homem interagem de forma mágica, criando a harmonia perfeita dando origem à qualidade única), Marqués de Casa Concha (uma linha de vinhos charddonay e merlot), Trio (elaborado com corte de três uvas: Cabernet Sauvignon, Shiraz e Cabernet Franc), Late Harvest (único vinho de sobremesa da empresa, um blend de Sauvigon Blanc e Riesling colhidas tardiamente com grande concentração de açúcar) e Almaviva (um ícone dos vinhos chilenos); passando por vinhos de excelente custo benefício como Sunrise, e Frontera; até os populares de boa qualidade como Tocornal, Clos de Pirque, Exportación e Fressco. Em 2005, uma das melhores colheitas que houve em todo o Chile, permitiu o nascimento do Casillero del Diablo Reserva Privada. A equipe agrícola da Concha y Toro por anos trabalhou para elaborar um grande vinho e eis que do Vale de Maipo, na zona de Pirque e Rapel, em Pneumo, surge este vinho que permaneceu em barril de roble francês por 14 meses dando maior complexidade e aporte de madeira ao Casillero.

Atualmente todos esses vinhos são produzidos em 8.445 hectares em 49 vinícolas próprias e 9 arrendadas em Limarí, Casablanca, Leyda, Maipo, Cachapoal, Colchagua, Curicó e Maule Valleys, todas na região central do Chile; e mais 1.068 hectares de terras em 8 vinícolas localizadas em Maipú, Tupungato, Rivadavia, San Carlos, Luján de Cuyo e San Martín, na Argentina.

A vinícola

Um passeio pela história do vinho. Assim pode ser definida a visita à Concha y Toro, a maior e mais importante vinícola do Chile e da América Latina. Logo ao chegar, entende-se porque Concha y Toro é uma das vinícolas mais procuradas pelos turistas e amantes dos vinhos. A paisagem é fascinante. Em grande parte dos 750 hectares (com as mais nobres uvas francesas, tais como Chardonnay, Sauvignon Blanc, Merlot, Pinot Noir, Semillon e Gewurztraminer), extensos campos verdes formam um horizonte de se perder de vista. As flores, que emolduram as construções, deixam o ambiente ainda mais romântico e deslumbrante. A visita é bastante agradável e se inicia com um pequeno filme sobre a criação da Concha y Toro. O tour passa pela linda casa (chamada de Casona) na propriedade, cercada de belos jardins, com um lago e muitas roseiras, onde habitava Don Melchior e seus parentes; pelos campos cobertos por parreiras, conhecendo os tipos de uvas, inclusive a carmenère, que é oriunda da França, mas hoje em dia exclusiva do Chile; por todas as etapas de produção; e finalmente uma seção de degustação de tais preciosidades, acompanhada de tapas (petiscos), onde os enólogos dão uma pequena aula aos leigos no assunto, com dicas de como segurar na taça, sentir o cheiro da bebida e prová-la.

Mas o ponto alto da visita é conhecer o local chamado Casillero del Diablo (Adega do Diabo), onde estão as garrafas do precioso vinho e no qual se criou uma lenda. A história é narrada aos turistas por uma voz macabra dentro da adega subterrânea. As luzes se apagam, uma gargalhada ecoa e na parede surge uma imagem encapuzada projetada do diabo. É um dos momentos mais divertidos do passeio.


Fonte: http://mundodasmarcas.blogspot.com/

Quando tudo começou...

Não me recordo com exatidão e nem os motivos que me levaram a apreciar vinhos, porém recordo que a paixão acalorou-se há cerca de 8 anos quando tive o prazer de degustar uma garrafa do vinho Casillero del Diablo da vinícula chilena Concha Y Toro, vinho que aprecio até hoje, rótulo este que levou a vinícula do Chile para o mundo, inclusive para o Brasil.

Este belo vinho foi desgustado em uma noite agradabilíssima de degustação de queijos e vinhos do Clube do Vinho do Hiperbompreço, no Arcádia Boa Viagem em junho de 2003. Além deste rótulo chileno, vinhos franceses, portugueses e californianos foram degustados após uma pequena palestra de um enólogo recifence, que não recordo o nome.
Foto registrada pela minha querida namorada: Fernanda,
 durante um jantar  no aconchegante La Capanina.
A idéia de criar este blog veio de duas paixões: vinhos e escrever e objetiva transmitir um pouco sobre bons vinhos, sobretudo os degustados em companhia de bons amigos, aprender e trocar experiências com outros apaixonados por vinhos.

Como minha paixão está relacionada em especial aos vinhos chilenos, sobretudo os da Vinícula Concha Y Toro, nada mais justo que a primeira postagem após esta de abertura seja a dispeito da história desta Vinícula.

Sejam bem vindos e participem!

Abraços, Ewertom Cordeiro.