sábado, 29 de novembro de 2014

Fantinel Brut Rosé, uma boa companhia para o maior temaki do Recife

Não nego que os tintos são minha preferência, mas com o calor que tem feito eu queria que espumantes e vinhos bracos leves e frescos saíssem na torneira do filtro, já pensou: uma torneira de espumante, uma de espumante rosé e outra com vinhos brancos? Um sonho!
 
E foi para aplacar o calor e acompanhar o maior temaki de Recife: o Big Tower da Towerconi Temakeria, na tórrida noite de nove de novembro, que eu e Fernanda abrimos o Fantinel Brut Rosé, um típico espumante rosé da região de Friuli.
 
Friuli, Venezia Giulia ou Giulia é a região no extremo nordeste da Itália, fronteira com a Eslovênia e Áustria, cuja capital é Trieste  e está debruçada no Adriático. É uma das Tre Venezie junto com o vizinho Trento e Veneza. No final do século XIX os inovadores friulianos começaram a replantar os vinhedos da região com varietais estrangeiras de alta qualidade, como a Merlot e a Chardonnay, iniciativa fundamental para o aprimoramento dos vinhos de Friuli.
 
A Vinícola Fantinel foi fundada em 1969 por Paron Mario Fantinel, um hoteleiro e dono de restaurante em Ravascletto. Sua intenção original era produzir vinhos de alta qualidade para oferecer aos seus clientes. Atualmente a Fantinel produz anualmente 4.000.000 garrafas de muita personalidade, presentes em mais de 60 países ao redor do mundo.
 
Visualmente o Fantinel apresentou uma cor salmão clara, lembrando a casca da cebola, boa formação de espuma e perlage fina, delicada e persistente. No nariz aromas intensos de frutas vermelhas e sutis e elegantes notas de levedura e pão. Em boca um espumante cremoso e refrescante. Um belo exemplo de vinho que evapora da garrafa: você abre vai bebendo e ele some rapidinho.
 
O Big Tower é um temaki de 0,5Kg composto por arroz, cream cheese e camarão empanado envolto por uma pela e grossa lamina de salmão maçaricado finalizado com cebolinha e esse peso pesado acompanhou divinamente o espumante.


O Rótulo

Vinho: Fantinel Brut
Tipo: Espumante Rosé
Castas: Pinot Noir 87% e Chardonnay 13%
Safra: Não Safrado
País: Itália
Região: Friuli
Produtor: Fantinel
Graduação: 12%
Onde comprar: WINE
Preço médio: R$ 52,00 (R$ 39,00 para sócios)
Temperatura de serviço: 8º

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cidade portuguesa será capital do vinho na Europa

 
Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, em Portugal, foi eleita a Cidade Europeia do Vinho em 2015. A escolha é da Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin) que, com o título, pretende destacar a cidade como símbolo do desenvolvimento vitivinícola na Europa, permitindo impulsionar a promoção dos vinhos não apenas de Reguengos, mas de todo o Alentejo.

“Estamos bastante satisfeitos com esta eleição, já que ela solidifica a posição do Alentejo como um destino que privilegia a qualidade dos seus produtos”, disse o presidente da Agência Regional de Promoção do Alentejo, Vitor Silva. Para se tornar a "Cidade Europeia do Vinho 2015", a candidatura apresentada propôs a criação de várias ações para valorizar a cultura vitivinícola, como a realização de eventos especiais que colocarão Reguengos de Monsaraz, localizada no distrito de Évora, em evidência no próximo ano.

A cerimônia da entrega do título "Cidade Europeia do Vinho 2015" a Reguengos de Monsaraz está agendada para fevereiro.

Iniesta paga viagem e hospedagem a quem quiser conhecer a vinícola de sua família

Futebol e vinho podem não ser necessariamente o "par perfeito", mas quem é fã do esporte e da bebida pode enviar uma mensagem a um dos jogadores mais famosos do mundo. O jogador espanhol Andrés Iniesta abrirá as portas da vinícola de sua família, localizada em La Mancha, na Espanha, para uma visita no dia 22 de dezembro.
 
 
Em anúncio publicado hoje no site de hospedagem Airbnb, Iniesta convida os interessados a descrever em até 100 palavras por que eles querem conhecer o local. O vencedor ganhará uma viagem até Barcelona - de qualquer parte do mundo - onde poderá passar o dia na cidade e, depois, irá visitar a Bodega Iniesta, onde será recebido pelo jogador e sua família. Lá, segundo descreve o anúncio, os sortudos poderão conhecer "uma das regiões vinícolas mais famosas da Espanha, relaxar e desfrutar de um pouco de paz".
 
"Você vai realizar um passeio em um lugar muito importante para mim e descobrir os segredos de nossa produção. Embora as pessoas me conheçam pela minha paixão pelo futebol, esperamos compartilhar com vocês nossas outras preocupações, como o amor pela natureza".
 
 
É a primeira vez que a vinícola é aberta ao público. O passeio, no entanto, possui regras, como Iniesta explica no anúncio: "Seja gentil com as parreiras: neste campo, não é para ir com sapatos de futebol".
 
Para participar e concorrer, é preciso clicar na parte em que o Airbnb oferece contato com o anfitrião. Uma nova janela abrirá-se e, na caixa de mensagem, é preciso escrever a mensagem de até 100 palavras - explicando o motivo que deseja ser escolhido. Não é preciso clicar em "solicitar reserva", nem selecionar a data. O concurso fica aberto até o dia 11 de dezembro (12h local) e só não está aberto a moradores da Coreia do Norte, Cuba, Irã e Indonésia. O jogador afirma que a escolha do vencedor levará três critérios principais: originalidade e criatividade da mensagem,  espírito da mensagem ("até que ponto está relacionado a Iniesta e sua vinícola?" e "em que pedida a mensagem mostra a paixão do interessado por futebol, natureza e vinho?") 

Incrivél, sommelier abre garrafa de porto com pena

Acredite se puder: sommelier abre garrafa de vinho do porto usando pena, se não acredita assista o
vídeo abaixo.
 
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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Uva “mãe” é salva à beira da extinção em comunidade na Suíça

A uva, chamada de “Casanova” ou “Gouias Blanc”, foi salva da extinção graças a um grupo de pesquisadores e alguns voluntários suíços. Um estudo realizado há 15 anos apontou que essa espécie foi responsável por gerar muitas das variedades que conhecemos hoje, como a Chardonnay e a Gamay. Sob a liderança do Dr. Jose Vouillamoz, um renomado geneticista, uma comunidade de vinhedos que continha esse tipo de uva se mobilizou para salvá-las da extinção, em um vilarejo na Suíça, na região de Haut-Valais.
 
Os moradores do vilarejo suíço resolveram se juntar para salvar os vinhedos da região. “Nós decidimos criar uma associação para salvar essas vinhas e levantar fundos para comprar o vinhedo. Levou apenas algumas semanas para juntarmos 33 pessoas que aceitassem contribuir com a compra do local”, declarou Vouillamoz.
 
O pesquisador ainda completou: “Aqui é o único lugar do mundo onde a Gouias Blanc é cultivada desde a Idade Média”. Segundo especialistas, a uva é capaz de produzir vinhos com um leve toque ácido. Além disso, a Suíça é um dos únicos lugares no mundo que ainda abriga a variedade.
 
Fonte: Revista Adega

Polkura Syrah, um dos geniais vinhos do MOVI

Participamos na última segunda de mais uma edição do WINEBAR, um projeto pioneiro e inovador dos blogueiros Daniel Perches (Vinhos de Corte) e Alexandre Frias (Diário de Baco), em que vinhos são apresentados com a presença de produtores, importadores, enólogos e outros, em uma transmissão on line ao vivo.

A iniciativa tem crescido e atraído a atenção de muitos e quem ganha com isso somos nós, pois a cada dia tem ficado mais interativo e interessante.

No dia 24 eles foram para Santiago, no Chile para entrevistar a Angela Mochi (Attilio & Mochi) e o Sven Bruchfeld (Polkura), que falaram pra gente sobre  o MOVI - Movimento dos Vinhateiros Independentes do Chile.

O MOVI é uma associação produtores chilenos, que desde 2009, compartilham da mesma paixão e pensamento: produzir vinhos com grande qualidade, em produções limitadas, de forma livre, sustentável e refletindo a personalidade do terroir local. Seus vinhos podem ser chamados de Vinhos de Autor ou Vinhos de Garagem. É uma alternativa aos grandes produtores de vinhos do Chile. Para isso, eles se esforçam em divulgar sua mensagem, e mostrar vinhos em que a personalidade do produtor e do solo está em cada garrafa.

O programa foi dividido em três blocos: o primeiro falando sobre os vinhos MOVI do Novo Chile; o segundo falando dos MOVI Clássicos; e por fim no terceiro bloco dos MOVI The Old is the new "new" (traduzido pelo Gil Mesquita como velho de espírito novo, o que lhe rendeu uma garrafa de vinho) que resgata as regiões tradicionais do Chile com um ponto de vista do MOVI.

O primeiro vinho que degustamos foi o Polkura Syrah, o qual faz parte do tema do primeiro bloco: Novo Chile, que nasceu como conceito a partir dos últimos 25 anos, onde está reunida toda exploração da região costeira como Casa Blanca e Limari, por exemplo. Aqui também acrescenta-se a uva Syrah e tudo de novo que apareceu nestes últimos anos.

E a paixão pela Syrah é o que melhor define o conceito da natureza da Polkura. E esta história iniciou-se em 1998, quando o enólogo Sven Bruchfeld, junto com seu amigo e colega de universidade Gonzalo Muñoz, sonhavam com projetos futuros para realizar em conjunto. Gonzalo estudava na Espanha e Sven trabalhava durante as vindimas nas diferentes regiões vitivinícolas do mundo. Um certo dia eles conversavam no sul da França e enquanto degustavam um Syrah de estilo mediterrâneo em uma das bodegas locais junto com um saboroso cordeiro com menta e alí definiram que esta cepa seria a base do seu futuro vinho.

Quando retornaram ao Chile se puseram a buscar o lugar mais propício para desenvolver um vinhedo que pudesse maximizar a qualidade das uvas e desta forma conseguir o vinho que tinha em mente. E assim em 2001, encontraram o lugar que sonhavam. Uma propriedade abandonada em Marchigüe, zona umbicada no extremo ocidental do Vale de Colchagua e que cumpria os requisitos de solo e clima necessários para cumprir o sonho do vinho que queriam fazer. Atualmente são 12 hectares de plantações e a primeira vindima ocorreu em 2004.

Visualmente o vinho apresentou cor rubi escura, quase negra, brilhante com boa formação de lágrimas. No nariz mostrou notas de fruta negra, toques florais, de pimenta seca, de minerais e tostado, tudo muito bem integrado. Na taça um vinho potente, estruturado com os taninos enchendo a boca e excelente acidez, que juntos com os 14,7% de álcool deixam o vinho gastronômico e com bom potencial para evoluir em garrafa. Final de boca longo, elegante e com a repetição das notas olfativas.

Por aqui Fernanda preparou, para escoltar o vinho, um belo lombo paulista recheado com queijos, salame e pimenta.

O Rótulo

Vinho: Polkura
Tipo: Tinto
Castas: Syrah 91%, Malbec 5%, Cabernet Sauvignon 2%, Grenache Noir 1%, Viognier 1%, Tempranillo 1%
Safra: 2010
País: Chile
Região: Marchigue, Colchagua Valley
Produtor: Polkura
Enólogo: Sven Bruchfeld
Graduação: 14,7%
Onde comprar: Premium Wines
Preço médio: R$ 100,00
Temperatura de serviço: 15º


Nota:

O vinho foi gentilmente enviado pela Polkura através de seu importador no Brasil para degustação no WINEBAR.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Que tal de bike?

A Serra Gaúcha ganha um projeto que vai levar cicloviajantes a conhecer os roteiros da região da uva e do vinho de bicicleta. É o "Que tal de bike?", realizado pela Rede de Hotéis Dall'Onder, que será lançado hoje.
 
São roteiros com formatos diferentes que contemplam pedaladas de 3 a 8h de duração, com níveis de dificuldade que vão do leve e moderado ao radical. Em todas as opções, os cicloviajantes são acompanhados em tempo integral por um veículo de apoio com toda estrutura necessária.
 
Condutores qualificados estão prontos para guiar todo tipo de turista interessado em descobrir o interior da Capital Brasileira do Vinho pedalando. São oferecidos 8 opções de passeios em quatro roteiros: Caminhos de Pedra, Vale dos Vinhedos, Estrada do Sabor e Vale do Rio das Antas.
 
São passeios que vão de um leve pedal matutino no Caminhos da Pedra até uma épica travessia pelo Vale do Rio das Antas durante um dia inteiro. Todos os roteiros terminam com visitação e degustação dos melhores rótulos dentre as melhores vinícolas da região. Depois, os participantes são levados de volta ao hotel em translado de carro, van ou micro-ônibus, dependendo da situação.
 
Da excelência em vinhos finos do Vale dos Vinhedos à gastronomia tipicamente italiana na Estrada do Sabor, passando pela natureza exuberante do Vale do Rio das Antas e a tradicional arquitetura do Caminhos da Pedra, obras primas líquidas e paisagens alternam-se num desenrolar constante de atrativos, trazendo um colorido especial aos tons dos montes que se modificam a cada estação.
 
Idealizador dos Caminhos da Pedra e reconhecido como empreendedor do turismo da região, Tarcício Michelon acredita que é fundamental a criação de novos produtos turísticos para oxigenar o destino. "A inovação é essencial e este projeto veio para movimentar a região, atraindo um público interessado em novas experiências e fiel as opções saudáveis", destaca.
 
Fonte: JJ

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Não deixe de praticar essas 7 dicas

O mundo do vinho é vasto, muito vasto, as castas viníferas são aos milhares, a diversidade de vinhos também é algo surreal, até os países produtores são inúmeros e alguns desconhecidos de muitos.

E o que fazer diante de uma gama de variáveis tão grande e que, por exemplo, fazem brilhar os olhos de um enófilo ao entrar em uma loja especializada de vinhos? Eu reuni 7 dicas que acho importantes para quem quer aprofundar-se no mundo do vinho, mas cuidado para não se tornar um enochato.
 
1. Provar diferentes rótulos
 
Considero essa a mais essencial das dicas, pois não tem como conhecer mais sobre vinhos sem garimpar por diferentes opções de produtos. Isso também fará com que o enófilo encontre os seus vinhos e estilos de vinhos favoritos. E voltar a esses vinhos proporciona um prazer especial aos amantes de vinho. Aqui também acrescento que é interessante você realizar anotações sobre os vinhos, o que gostou, o que não gostou, etc.
 


2. Harmonizar seus vinhos com pratos buscando tornar ambos melhores
 
Apesar de existirem inúmeros vinhos que vão bem como aperetivo, alguns muitos outros são essencialmente gastronômicos, ou seja, pedem a companhia de comida. Divertir-se na cozinha preparando um prato especialmente para acompanhar aquele seu vinho favorito ou ir a um restaurante e harmonizar a sugestão do sommelier com a especialidade da casa é prazeroso e faz com que seus sentidos trabalhem muito, sobretudo se a harmonização proporcionar o surgimento de um terceiro sabor, isto é, o vinho e o prato crescem e ambos passam a apresentar características que, caso degustados separadamente, não seriam perceptiveis. Lembre-se: vinhos harmonizam muito bem com as comidas típicas das regiões onde eles são produzidos.
 
3. Participar de uma confraria e/ou clube de vinhos
 
O vinho não é uma bebida barata, sobretudo no Brasil. Então nem sempre é possível degustar um Barolo, um Gran Cru ou qualquer outro vinho top dos mais variados países, mas há algumas formas que podem te fazer ter acesso a estas maravilhas, cito duas: participar de uma confraria e de um clube de vinhos. A primeira composta por não mais que 10 e não menos que 6, pois menos que isso a reunião perde conteúdo e sobra muito vinho. Se houver gente demais, há o risco de dispersão e uma garrafa fica insuficiente para todos, sem falar é claro que um grande vinho rateado por 10 lhe sairá bem mais barato que se decidires comprá-lo sozinho. Já o clube além de vinhos diferentes vai te fazer passear por diferentes regiões vitivinícolas com rótulos escolhidos por especialista e a um preço um pouco menor que o do mercado.
 
4. Visitar regiões vitivínicolas
 
Viajar por si só já é uma das melhores coisas que podemos fazer e viajar para conhecer regiões produtoras de vinho nem se fala. Nas vinícolas você poderá conhecer um pouco mais sobre o processo técnico, começando pelo solo, passando pelas linhas de produção e armazenamento - encantando-se aí com os aromas das barricas de carvalho - e finalizando com degustações guiadas dos vinhos de cada produtor. Dependendo do período do ano o visitante pode até participar da vindima (colheita). Então programe-se, arrume as malas e pé na estrada. No Brasil há boas opções, algumas inclusive oferecem hospedagem dentro das vinícolas.
 
5. Participar de degustações verticais, horizontais e as cegas
 
As degustações em feiras e guiadas são uma rica fonte de conhecimento, mas há três categorias de degustações que considero especiais: verticais - onde você degusta o mesmo vinho de diferentes safras com o objetivo de observar a evolução do vinho ao longo do tempo; horizontais - degustação de vinhos de diferentes produtores mas da mesma safra e mesma casta, ideal para observar os diferentes comportamentos de acordo com a região onde o vinho foi produzido; e degustação as cegas - nesta os vinhos são envoltos em algum material sem transparência para que os participantes de fato desconheçam que vinhos estão provando, evitando o sugestionamento, tornando a avaliação imparcial; aqui os vinhos devem ser da mesma casta, mesmo ano e estar na mesma faixa de preço, evitando que vinhos mais elaborados estejam lado a lado com vinhos mais simples.

6. Visitar feiras e mercados públicos para exercitar as memórias olfativa e gustativa

Os aromas e sabores presentes nos vinho nos remetem a aromas e sabores de frutas, frutos, florais, condimentos, especiarias, produtos de origem mineral e animal, dentre outros, com destaque para os primeiros e onde encontramos estes produtos? Em feiras e mercados públicos, então visitar estes locais para cheirar e provar os mais variados aromas e sabores é um ótimo exercício para criar uma memória olfativa, o que tornará seus momentos com o vinho ainda mais especiais.



7. Ler sobre vinhos em blogs, web sites especializados e livros

O mundo do vinho é apaixonante e o que fazemos quando nos apaixonamos? Nos aprofundamos, correto? E uma das formas de aprofundar-se é adicionar conhecimentos teóricos aos práticos das suas degustações. Existem inúmeros blogs de excelente qualidade e com vasto conteúdo, indico alguns no menu à direita. Sites especializados também são uma boa opção. E não podem faltar os bons e tradicionais livros.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Recipiente promete acelerar o efeito de anos de envelhecimento do vinho

Conseguir o efeito de anos de envelhecimento no vinho em menos de 20 minutos é o que promete o Sonic Decanter, um produto que utiliza a tecnologia para transformar a estrutura molecular e química do vinho.
 
O produto pode ser utilizado em todos os vinhos, exceto os espumantes por causa da presença doCO2. O decanter ainda promete "revigorar" vinhos que já foram abertos a partir do uso de ondas sonoras. Para utilizar o produto, basta colocar um pouco de água no decanter e posicionar a garrafa. É preciso apertar o botão vermelho para vinhos tintos e o botão branco para vinhos brancos e esperar.
 
O decanter pode ser controlado via aplicativo instalado no smartphone e promete melhorar o sabor e aroma do vinho. O produto foi lançado durante uma campanha no site de financiamento coletivo Kickstarter e já bateu a meta inicial para iniciar a produção. Faltando três dias para encerrar a campanha, 704 pessoas apoiaram com US$ 105 mil.
 
Os primeiros 100 apoiadores conseguiram garantir o produto por US$ 99. Atualmente, a cota vendida é de  US$ 139 a US$ 149 de acordo com o local para envio. No varejo, a previsão é que o produto custe US$ 250 e as primeiras encomendas devem começar a ser enviadas entre maio e junho.

Fonte: Estadão

Que tal um spray de vinho?

A mais velha agência de publicidade da Lituânia, a McCann Vilnius, lançou algo inusitado, um spray de vinho. O produto, chamado de Bouche bée, foi lançado agora em virtude do 2014 Beaujolais Nouveau Day, um dos maiores festivais de vinho da França. Segundo os criadores, é um jeito mais fácil e prático de consumir vinho, algo que chamaram de “vinho para viagem”.
 
Criado especialmente para o Beaujolais Nouveau Day, o Bouche bée (“boca aberta”, em francês), vem com embalagens floridas inspiradas na região de Beaujolais, no sul da França. “A embalagem ajuda você a descobrir a melhor parte de Beaujolais, com sabores, aromas e cores únicas que você só encontra nessa região”, declarou um dos responsáveis pelo projeto.
 
Todo ano a McCann Vilnius lança uma embalagem de vinho exótica, comemorando o festival francês. No ano passado, a agência introduziu, pela primeira vez, uma “lata de tinta” para armazenar vinho, que era acompanhada de uma tabela que indicava a cor que o seu dente ficaria dependendo da quantidade de taças de vinho que você toma.

Fonte: Revista Adega

Belo Corte Bordalês direto da Campanha Gaúcha

E o segundo rótulo degustado no último WINEBAR, o Paralelo 31, é um velho conhecido nosso e safra 2010 já foi comentada por aqui, relembre. Mas, apesar de manter as mesma uvas no blend a safra de 2010 tinha a mão do Enólogo Michel Roland e a de 2011 teve em Roberto Cipresso o camando no projeto.
 
Paralelo 31 é o paralelo que une Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Chile, Argentina e a Campanha no Rio Grande do Sul. O Bueno Paralelo 31 possui em seu corte as castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot.
 
O vinho mudou de enólogo, porém manteve a qualidade, apesar de ter encontrado neste 2011 uma maior equilíbrio e uma maior elegância.
 
Visualmente o vinho apresentou rubi escura e profunda com reflexos púrpura e lágrimas finas, rápidas, abundantes e tingindo as paredes da taça. No nariz aromas complexos e intensos, com a notas da passagem por madeira aparecendo em primeiro plano, seguidas de aromas de fruta negra aparecendo logo em seguida com a aeração e junto com eles aromas de cravo, pimenta do reino, chocolate, café e tabaco. Em boca apresentou com corpo com taninos intensos e de certa adstringência, mas sem incomodar, mas que irão amaciar com mais algum tempo em garrafa. Repetição das notas olfativas com final de boca longo, seco e com a especiaria, a pimenta e o tostado aparecendo no retrogosto.
 
Eu e Fernanda harmonizamos com uma maminha na brasa acompanhada de fritas.


O Rótulo

Vinho: Paralelo 31
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot
Safra: 2011
País: Brasil
Região: Campanha Gaúcha
Produtor: Bueno Wines
Enólogo: Roberto Cipresso
Graduação: 14%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 85,00
Temperatura de serviço: 18º

 
Nota:
 
O vinho foi gentilmente enviado pela Bueno Wines para degustação no WINEBAR.

sábado, 22 de novembro de 2014

Estudo revela que os benefícios dos vinhos são para poucos

De acordo com um estudo da Universidade de Gothemburg, o consumo moderado de vinho pode ser benéfico apenas para alguns. Segundo cientistas, apenas em indivíduos portadores do gene CETP TaqIB, presente em apenas 15% da população mundial, o consumo moderado da bebida pode ajudar a prevenir doenças cardíacas. O gene produz um tipo de proteína capaz de interagir e estimular moléculas do HDL, o bom colesterol.
 
O estudo analisou 618 indivíduos com algum transtorno cardíaco, e 3.000 saudáveis, dos quais todos foram testados sobre a presença do gene específico. Lauren Lissner, co-autora do estudo comentou a descoberta: “O consumo moderado de vinho por si só não é benéfico, tampouco apenas a presença do gene. Porém, ao se combinar os dois fatores vemos que o risco de surgimento de doenças coronárias diminui significativamente”.
 
Os estudos anteriores sobre o consumo moderado de vinho mostraram que a bebida pode ser realmente benéfica para todos, não considerando a presença ou não do gene CETP TaqIB. Agora, a descoberta parece desafiar os resultados passados, sugerindo que apenas 15% da população pode se beneficiar do consumo.

Fonte: Revista Adega

Vinhetica: a nova marca de vinhos da Campanha Gaúcha

Ligada aos três eixos de desenvolvimento sustentável – ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável, a Vinhetica é uma marca vinícola brasileira com “sotaque francês”,  surgida a partir da idéia do enólogo Gaspar Desurmont em parceria com o francês Jean Pierre Bernard. “Conheci Desurmont, que ao contar-me sobre seu sonho de produzir um vinho brasileiro com tradição francesa, despertou meu interesse. O projeto consiste em desenvolver um vinho sustentável e de qualidade numa região brasileira em plena expansão vinícola, a Campanha Gaúcha. As uvas são compradas de quatro pequenos produtores que a vinícola apóia”, diz Bernard.
 
Os primeiros rótulos da Vinhetica são o Terroir de Rose, “com coloração rosa framboesa com reflexos de lichia, frutado, fresco e elegante”, e o Terroir de Rouge, “um vinho leve com tom violeta e reflexo brilhante, cheio de vitalidade, apoiado por uma acidez no final, com bom equilíbrio, taninos suaves e uma pitada de pimenta-do-reino”, explica Jean Pierre.
 
Os rótulos da Vinhetica já podem ser encontrados nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Gramado (RS), Florianópolis (SC) e Curitiba. Para o ano que vem, a vinícola pretende lançar um espumante, um vinho branco e um segundo tinto, além de outros produtos alimentícios produzidos na Campanha Gaúcha, como azeite de oliva e queijos de ovelha.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Mala de vinhos “indestrutível”

VinGaurdValise, a maleta de vinhos “indestrutível”, foi lançada hoje (17/11) e promete redefinir o transporte seguro e prático das garrafas de vinho. O produto conta com uma superfície dura e resistente, além de uma espuma interna capaz de regular a temperatura e amortecer choques decorrentes do transporte.
 
A maleta pesa cerca de 20 kg quando equipada com uma dúzia de garrafas de vinho, fazendo com que ela esteja abaixo do limite de peso das principais companhias aéreas, como Air France, KLM, Alitalia, entre outras. Além disso, o produto conta com um diferencial interessante: Parte da espuma pode ser retirada caso o viajante decida incluir outros itens na mala e queira levar poucas garrafas.
 
Criada pelo designer Barry Wax, a VinGaurdValise demorou três anos para ser desenvolvida e hoje está sendo vendida por £150 (R$ 610).
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Os anos têm feito bem a este Casillero

Há alguns anos trouxemos de uma viagem quatro garrafas do Casillero del Diablo Reserva Privada 2008 e um dos intuitos de ter quatro garrafas do mesmo rótulo era o de acompanhar a evolução do mesmo em garrafa e que boa experiência tivemos.
 
Chegou a hora de falar da quarta e última garrafa desta beleza de vinho. Mais uma vez fomos surpreendidos, pois o vinho vem melhorando com o tempo de guarda e isto só confirma que a segunda garrafa apresentou algum problema, possivelmente com a vedação, fazendo com que o vinho amadurecesse mais rapidamente que as demais.
 
Novamente a rolha mostrou sinais de "fuga" do vinho: caminhos iam da parte interna da rolha até o início do segundo terço da mesma. Aí fiquei com as perguntas: rolha de qualidade ruim ou inapropriada para vinhos com algum tempo de guarda? Ou armazenamento inadequado, a adega não ofereceu as condições ideais para o vinho evoluir?
 
Visualmente o vinho mostrou cor rubi profunda, intensa e brilhante, com um halo levemente alaranjado e  lágrimas finas, abundantes e lentas, confirmando a alcunha  que lhe dei na terceira garrafa: "O Lacrimoso". No nariz mostrou boa complexidade aromática, com notas de fruta madura, seguido de notas de pimenta, alcaçus, chocolate, café, baunilha, balsâmico e elegante e perfeitamente integradas notas de tostado. Em boca o vinho repetiu a complexidade com taninos maduros e elegantes em equilíbrio com a acidez e o álcool. Repetição das notas olfativas e final de boca de boa intensidade.
 
A harmonização ficou por conta  de um belo Steak au Poivre preparado por Fernanda e desta combinação pode-se dizer que ambos, prato e vinho, atingiram novos sabores, deixando a boca com aquele delicioso gostinho de quero mais.

O vinho não está entre os top chilenos, mas sem sombra de dúvida é um de grande equilíbrio e bom custo x benefício na sua faixa de preço.
 
O Rótulo

Vinho: Casillero del Diablo Reserva Privada
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon 65% e Syrah 35%
Safra: 2008
País: Chile
Região: Valle del Maipo
Produtor: Concha y Toro
Enólogo: Marcelo Papa
Graduação: 14,5%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 80,00 (essa foi $ 18,5 em Montivideo)
Temperatura de serviço: 16º

Já ouviu falar no MOVI?

Já ouviu falar no MOVI - Movimento dos Vinhateiros Independentes do Chile? O MOVI tem como missão defender o vinho chileno, produzido em escala humana, com personalidade. É uma alternativa aos grandes fabricantes de vinhos do Chile. Para isso, se esforçamos em divulgar sua mensagem, e mostrar vinhos em que a digital do “dono” está em cada garrafa.
 
 
Ficou curioso? Então junte-se a nós e não deixe de conferir mais sobre esse movimento e esse grupo de pequenas vinícolas chilenas que fazem grandes vinhos, no próximo WINEBAR no dia 24/11, às 20h (horário de Brasília).
 
Vinícolas representadas pelo MOVI
 
PRODUTOR
WEB SITE
Armidita
www. armidita.cl
Acróbata
www.acrobatwines.cl
Attilio & Mochi
www.AttilioMochi.com
Catrala
www.catrala.cl
Clos Andino
www.closandino.cl
Corral Victoria
www.corralvictoria.cl
Flaherty
www.flahertywines.com
Garage
www.garagewineco.cl
Garcia Schwaderer
www.garciaschwaderer.cl
Gillmore
www.gillmore.cl
Kingston
www.kingstonvineyards.com
Lagar de Bezana
www.lagardebezana.cl
Laura Hartwig
www.laurahartwig.cl
Meli
www.meli.cl
Merino
 
Peumayen
www.peumayen.cl
Polkura
www.polkura.cl
Reserva de Caliboro
www.caliboro.com
Rukumilla
www.rukumilla.com
Starry Night
www.atabaleswines.cl
Trabun
www.trabunwines.cl
Villard
www.villard.cl
Von Siebenthal
www.vinavonsibenthal.com
Vultur
vulturwines.cl
Mais informações no site: www.movi.cl

Um copo de vinho ou uma ida ao ginásio? Os benefícios são os mesmos

Um copo de vinho tinto à refeição traz os mesmos benefícios que meia hora de actividade física, sugere um grupo de investigadores canadianos.

O estudo, realizado na Universidade de Alberta, no Canadá, mostrou que o resveratrol, um composto natural presente na casca das uvas, amendoins e frutos vermelhos, é responsável por aumentar o desempenho e melhorar as funções musculares e cardíacas da mesma maneira que um treino de resistência intenso.
 
 
Em testes de laboratório, a equipe descobriu que o composto ajuda também a prevenir os efeitos do sedentarismo, evitando o envelhecimento dos músculos e aumentando a densidade dos ossos.
 
Mas a maior vantagem, disse um dos cientistas, é para quem tem alguma deficiência física que o incapacite de realizar exercício físico. “O resveratrol pode ajudar os pacientes que querem exercitar-se mas são fisicamente incapazes porque pode mimetizar o exercício e melhorar os benefícios da quantidade modesta de exercício que podem fazer”, disse ao Science Daily Jason Dyck, diretor do Centro Cardiovascular de Pesquisa da Universidade de Alberta e investigador responsável pelo estudo, publicado no Journal of Physiology.
 
Mas, salientam, esta substância encontrada no vinho tinto não substitui o exercício físico por completo, é apenas um auxiliar e é recomendado apenas um copo por dia.
 
Fonte: Life & Style

Hoje é dia de Beaujolais Nouveau

Terceira quinta-feira de novembro é dia da chegada do Beaujolais Nouveau, não só na França, mas já em vários lugares do mundo. A tradição foi criada em 1967 pelo negociante de vinhos George Duboeuf para impulsionar um vinho considerado demasiado novo, pouco apurado, excessivamente frutado e, não raro, de baixa qualidade. Além disso, a festa, em que a bebida é distribuída de graça, costuma dar prejuízo aos produtores.

Vale a pena? A resposta, quase unânime entre os produtores deste tipo de vinho, é "sim". Além da festa ter virado evento incontornável do calendário francês, ela agrega um valor à produção, que se reflete nas exportações. Enquanto, para grande parte dos franceses, a farra vale mais do que o vinho, no Japão, por exemplo, o Beaujolais é uma iguaria. Uma garrafa que pode ser comprada nas caves parisienses por 3 euros chega a 45 euros nas prateleiras de Tóquio.
 
Festa internacional
 
Por isso, alguns produtores de Beaujeu (região do centro da França que produz o vinho), quebraram a regra e abriram suas primeiras garrafas antes da hora. Claire Chasselay, entrevistada pela agência France Presse, festejou o Beaujolais Nouveau com seus clientes japoneses pelo Skype, oito horas antes dos franceses experimentarem a produção do ano. "Eles nos conheceram graças ao Beaujolais Nouveau. E, agora, compram toda nossa gama de produtos ao longo do ano", explica.
 
No ano passado, o Japão importou 59.183 hectolitros (7,9 milhões de garrafas), muito à frente do segundo maior comprador internacional, os Estados Unidos, que levaram 1,8 milhão de garrafas. Quem completa o pódium são os alemães, com 730 mil garrafas. Atualmente, 40% da produção de Beaujolais é destinada à exportação.
 
"Qual o gosto?"
 
Se os viticultores se animam ao falar das vendas para o exterior, o sorriso desaparece assim que a mais clichê de todas as perguntas é colocada: "que gosto tem o Beaujolais desse ano?" A resposta mais comum é: "Existem mais de 2 mil pequenos produtores, cada um com seu vinho diferente".
 
Ou seja, com tamanha oferta, há bons e maus vinhos. Os maus Beaujolais são tradicionalmente reconhecíveis pelo gosto excessivamente frutado, uma acidez acima do desejado e, principalmente, pelo aroma artificial de banana. Embora admita que o gosto pode aparecer, a maior parte dos produtores garante que a banana é o efeito colateral de um fermento que costumava ser usado na fabricação do Beaujolais, mas foi aposentado.
 
De qualquer forma, a maioria das pessoas que vai à festa do Beaujolais Nouveau prefere curtir o clima, o friozinho de início de inverno, os queijos e as fanfarras, que sempre acompanham o vinho que sai às golfadas dos barris.
 
Fonte: RFI