sábado, 31 de janeiro de 2015

Embocadero 2010, uma das melhores aquisições na casa dos 50 paus

Há mais de dois anos fiz uma viagem a trabalho para a capital paraibana e durante a minha estadia por lá fiz questão de dar uma passada pela loja da Gran Cru, uma bela loja, diga-se de passagem. Adquiri alguns rótulos e dentre eles estava o Embocadero, um espanhol campeão de vendas na cidade e que foi muito bem indicado pelo sommelier.
 
Guardei a garrafa na adega e quando ela estava quase esquecida por lá resolvi abrir e a primeira coisa que pensei foi: por que demorei tanto para abrir este vinho?
 
Considero-me um mero iniciante e aprendiz nesse vasto mundo do vinho, mas posso dizer, sem medo de errar que esse vinho é o melhor best buy e o melhor custo versus benefício até 50 paus disponível no mercado nacional.

O vinho é um varietal tempranillo produzido pela Bodega Cooperativa San Pedro Regalado, uma empresa de larga tradição fundada em 1958. A bodega está localizada próximo a vila de La Aguilera e possui parreiras centenárias, com a casta que dá origem ao Embocadero plantada em pequenas parcelas e que é colhida manualmente.

Elaborado na região de Ribera del Duero, considerada a jóia da coroa na Espanha, foi amadurecido por 14 meses em carvalho de origens distintas agregando cada qual uma característica diferente, além da maciez e singularidade.

Visualmente mostrou rubi escura com reflexos púrpura e lágrimas finas e rápidas. No nariz encantador, mostrando um bouquet rico e complexo cheio de notas aromáticas, onde destacam-se a geleia de amora, especiarias (pimenta, alcaçuz e nós-moscada), chocolate, madeira molhada, terra molhada e defumado. No paladar mostrou taninos potentes, porém aveludados e em bom equilíbrio com a acidez e o álcool. Repetiu a complexidade aromática apresentou final de boca longo, macio e um gostinho de quero mais.
 
O vinho está pronto para ser bebido, mas ainda vai melhorar com mais alguns anos de guarda. Por isso eu vou em busca de outra garrafa da mesma safra.
 

O Rótulo

Vinho: Embocadero
Tipo: Tinto
Casta: Tempranillo
Safra: 2010
País: Espanha
Região: Ribera del Duero
Produtor: Bodega San Pedro Regalado
Graduação: 14%
Onde comprar: Grand Cru
Preço médio: R$ 50,00
Temperatura de serviço: 16º
Pontuações: 92 RP

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Uvas do mais antigo herbário do mundo serão catalogadas

Uma equipe de pesquisadores do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) da Espanha está focado em estudar o mais antigo herbário de uvas do mundo, que tem sido preservado desde 1802 no Royal Botanical Gardens de Madrid. O projeto é liderado pela cientista María del Carmen Martínez, que vai tentar identificar as uvas por meio de técnicas ampelográficas e DNA e determinar quais variedades ainda são cultivadas e quais já desapareceram.
 
O grupo conta ainda com o pesquisador Mauricio Velayos e da equipe de Jean-Michel Boursiquot, o ampelógrafo que "redescobriu" a Carménère no Chile há 20 anos. "Os dados coletados até agora indicam que esse é o mais antigo herbário de uvas cultivadas do mundo", apontou Martínez. Até então, o mais antigo conhecido estava na França e datava de 1870.
 
O herbário espanhol foi criado por Simón de Rojas Clemente y Rubio e consiste em 186 fichas herbárias, cada uma com folhas e brotos seco de uma variedade específica. Todos os exemplares foram colhidos na Andalusia e, desde então, têm sido mantidos no centro de pesquisas em Madrid com mais de 1 milhão de espécies, que compõe o maior herbário de plantas vasculares no planeta. Simón de Rojas Clemente y Rubio é considerado o primeiro ampelógrafo da história, tendo publicado um livro em 1807 em que estabelecia os métodos de descritivos e parâmetros para a identificação de plantas usados até hoje.
 
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Papa Francisco é diplomado sommelier

Segundo o site "Breitbart", na semana passada o papa Francisco recebeu um diploma honorário de sommelier.

O diploma foi concedido durante uma visita do presidente da Associação Italiana de Sommeliers, Franco Maria Ricci, junto com uma delegação de 180 produtores de vinho, sommeliers e críticos, ao Vaticano.

Além disso, o pontífice também foi presenteado com um tastevin, recipiente côncavo utilizado pelos sommeliers para provar vinhos.

Ainda de acordo com o site, para Ricci a ideia desse encontro veio quando ele percebeu as diversas referências a vinhos feita pelo papa em seus discursos. "Além disso, é uma honra e encorajamento para o nosso trabalho", conta ele.

Homem quase bebe vinho roubado de R$ 78 mil por "não fazer ideia" do preço

Um ladrão que roubou uma rara garrafa de vinho, no valor de 20 mil libras (R$ 78 mil), afirmou à Justiça britânica que "não tinha ideia" do valor da bebida. Boris Chaudemanche foi pego saindo da loja de departamento Harrods, em Knightsbridge, em Londes, segurando um prestigiado Romanée-Conti.
 
O episódio ocorreu em dezembro do ano passado e está sendo julgado agora. Chaudemanche disse em audiência que não tinha "nenhuma ideia" de que a garrafa valia tanto, que ele só queria beber sozinho e não iria vendê-la.
 
Segundo informações do jornal Telegraph, no dia do roubo, Chaudemanche entrou na Harrods com um rolo de papel alumínio com a intenção de esconder itens roubados.
 
"Ele achou que a garrafa valia de 45 a 70 libras. Quando os policiais disseram quanto custava o vinho, ele apenas reagiu com um: 'O quê?'", diz o promotor Stuart Stevens.  O ladrão, de 34 anos, tem antecedentes por infrações de trânsito, mas não por roubo. Ele admitiu beber uma garrafa de whisky a cada dois dias.
 
Chaudemanche receberia sua sentença nesta segunda-feira (26/01), mas a audiência foi adiada para fevereiro, para que os investigadores avaliem se ele tem problemas com álcool.
 
Fonte: Época

Vinho para mulheres grávidas é lançado

A ex-consultoura de vinhos da Carolina do Norte, Carrie Marvin, acaba de lançar uma marca de "vinhos" pensada para gestantes. A 9Months (9 meses, em referência ao tempo gestacional das mulheres) produz espumantes não alcoólicos com uvas australianas, cujo suco é mantido à 0°C, para previnir a fermentação antes de ser filtrado, pasteurizado e carbonatado. Tornando-se, assim, uma bebida segura para todas as futuras mamães e seus filhos no ventre – já que é altamente contraindicado ingerir bebidas alcoólicas durante a gestação.
 
Segundo Carrie, a ideia surgiu pois "as mulheres grávidas não querem ficar excluídas e também querem fazer parte das celebrações". Até agora foram feitos dois espumantes, ambos com base em Muscat e com preço ao redor de US$ 16,50 por garrafa. "Não é porque logo você vai estar preparando garrafas de diferentes variedades que não pode desfrutar de uma garrafa de nosso delicioso espumante não-alcoólico. Você merece!", diz o bem humorado site da marca.
 
Fonte: Revista Adega

Malhadinha Monte da Peceguina 2010

Os brancos portugueses são simplesmente maravilhosos e quando são uma pechincha melhor ainda. O vinho de hoje é o Malhadinha Monte da Peceguina Branco 2010, produzido pela Herdade da Malhadinha Nova, vinícola que é fruto da paixão dos atuais proprietários, uma típica Herdade Alentejana situada em Albernoa, no coração do Baixo Alentejo.
 
Desde 1998 a Herdade da Malhadinha cultiva vinhedos em uma região, antes abandonada, no coração do Alentejo. O resgate das condições do solo foram primordiais para que seus vinhos ganhassem reconhecimento internacional. Monte da Peceguina é mais um projeto liderado pelo renomado enólogo Luis Duarte e para quem gosta de premiações e pontuações esta safra ficou entre os três melhores vinhos brancos do Velho Mundo da Expovinis 2013.
 
Para acompanhar o vinho Fernanda nos preparou um camarão no tomate, que ficou simplesmente maravilhoso e harmonizou perfeitamente com o vinho.
 
Visualmente mostrou cor amarelo dourado, mostrado já uma evolução em sua tonalidade. No nariz aromas discretos de frutas cítricas, seguido de notas de flores secas e amêndoas. Em boca mostrou corpo médio, excelente equilíbrio e apesar da evolução uma acidez ainda viva e refrescante. Final de boca de boa persistência e com a amêndoa aparacendo no retrogosto.
 
Vinho fácil de beber, mas que já está entrando em declínio. Caso tenha essa safra em casa não espere mais para abrir.

O Rótulo

Vinho: Malhadinha Monte da Peceguina
Tipo: Branco
Castas: Antão Vaz 40%, Verdelho 20%, Roupeiro 10% e Arinto 10%
Safra: 2010
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Herdade da Malhadinha Nova
Enólogo: Luis Duarte
Graduação: 12,5%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 63,00 (R$ 43,00 na promoção)
Temperatura de serviço: 8º
Pontuações: 89 RP e 88 WE

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Como saber seu seu vinho é fraudado

Um experiente investigador de fraudes industriais, entre elas falsificação de vinhos, Nick Bartman, afirmou, em entrevista à revista Winespectator, que o modo mais seguro e eficaz de combater imitações fraudulentas em vinhos já existe, mas ainda não foi implementado pelos produtores do mundo. Segundo ele, o identificador mais eficaz de autenticidade já está no fundo de cada garrafa.
 
Ao observar atentamente uma garrafa de vinho,você verá, na base, pequenas insígnias, números e uma sequência estranha de pontos salientes moldados no vidro que parecem uma linguagem em Braile. Esses códigos são usados pelos fabricantes para rastrear as garrafas e seus respectivos lotes, caso apresentem algum problema. Esses números e símbolos revelam o fabricante, a região ou país, o molde utilizado, o volume de líquido contido no frasco, e a distância entre o topo do gargalo da garrafa e a parte superior do vinho.
 
Segundo Bartman, o mais importante, porém, é o código de pontos. "Há um número aproximado de 13 pontos qem uma garrafa que proporcionam um código; as combinações de quantidade de pontos, as suas posições e espaçamentos podem variar", explicou. Esse código pode ser rastreado.
 
Então, se houvesse um sistema para registrar quais vinhos são colocados em quais garrafas, a combinação de insígnias, números e pontos, juntamente com a complexidade de copiar a qualidade e a cor do vidro, seria uma forma de unir a garrafa, o vinho e a marca juntos de tal forma  que o transformaria em um "alvo em movimento" para os fraudadores.
 
"Isso torna o trabalho do falsificador quase impossível", alega Bartman. Para a idéia funcionar, os fabricantes de garrafas devem compartilhar com seus clientes detalhes dos códigos nos lotes entregues. Na linha de engarrafamento dos produtor de vinhos, iriam ser gravadas as informações vinculadas a um lote específico e os rótulos utilizados. A informação pode ser armazenada numa base de dados que pode ser  acessada anos mais tarde.
 
Para Bartman, esse método, se implementado, seria o mais seguro já usado, pois torna o trabalho do falsificador muito completo e caro. "Os criminosos teriam que convencer um fabricante de garrafas de vidro a copiar um lote de garrafas. Isso torna o trabalho muito mais difícil, quase impossível", alega, já que o custo dos moldes é proibitivo e replicar apenas um molde iria inundar o mercado com muitas garrafas semelhantes, acionando alarmes. Outro ponto é que a indústria das garrafas é dominado por empresas gigantes, que teriam muito a perder com a falsificação. "Para executar o crime perfeito, primeiro ele deve encontrar um fabricante  preparado para falsificar uma garrafa de um concorrente", diz Bartman.

Fonte: Revista Adega

Guarde suas garrafas de Champagne em pé

Segundo o expert em vinhos, Carlos Cabral, os consumidores precisam mudar seus conceitos na hora de guardar seus espumantes em casa. De acordo com ele, a melhor forma de posicionar uma garrafa de Champagne, ou qualquer outro espumante, é em pé (na vertical) e não deitada como a maioria das pessoas está acostumada. "Para a guarda de um vinho tranquilo, é melhor que a garrafa fique deitada, já que as rolhas são maciças. Mas, para a guarda de espumantes, a melhor posição é em pé", garante.
 
Cabral explica que, para que a rolha de cortiça dos espuamntes se mantenha elástica, ela não pode ficar em contato com o líquido por muito tempo. “Se você comprar um Champagne novo hoje e for degustar em até um ano, não há problema em deixar a garrafa deitada. A rolha, mesmo molhada, conseguirá se manter incólume”, atesta. No entanto, ele aponta que, em caso de espumantes safrados, que muitas vezes são guardados por longo tempo antes de serem apreciados, o ideal é mantê-los em pé.
 
“O contato excessivo da rolha com o espumante faz com que ela perca, com o tempo, alguma capacidade de recuperar sua forma após a extração. Contudo, isso não compromete a capacidade de vedação ou de conservação do espumante. Ou seja, digamos que, esteticamente, a rolha fica mais castigada quando a garrafa permanece na posição horizontal por longos meses”, afirma o especialista.
 
Fonte: Revista Adega

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

19ª Expovinis Brasil acontece em abril em São Paulo

O Expovinis Brasil, evento que reúne os maiores fabricantes de vinho do País, acontece entre os dias 22 e 24 de abril, no Expo Center Norte – Pavilhão Azul, das 13h às 21h, em São Paulo.
 
Na programação haverá novidades de produtores de vinho nacionais e importados e presença de importadoras, exportadores, distribuidores, representantes e fabricantes de máquinas e equipamentos para a produção de vinhos, além de empresas prestadoras de serviços ligados ao segmento.
 
No ano passado, a Expovinis reuniu mais de 10 mil profissionais de todos os Estados brasileiros, cerca de 435 expositores e mais de cinco mil rótulos em 60 mil garrafas de vinho degustadas entre os dias do evento.

Cava Don Román Rosé

Para celebar o primeiro natal depois de casados eu e Fernanda abrimos a Cava Don Román Rosé, um espumante produzido com uma casta desconhecida pra nós: a Trepat, na região de Penedés pela vinícola Marqués de Tomares.
 
A Trepat é uma uva tinta originária da Espanha e é plantada essencialmente na região costeira de Penedés, onde há somente 1000 hectáres de vinhedos com esta variedade. É utilizada unicamente para produzir cavas rosadas e sua característica principal são seus aromas de frutas vermelhas.
 
A Marqués de Toamres é uma bodega familiar, cujo início da história remota para o ano de 1910, quando o El abuelo Don Román Montaña começou a dedicar-se a elaboração e crianza de vinhos, sendo considerado o fundador de uma saga de mestres na produção artesanal de vinhos. Atualmente a bodega é administrada por seus netos.
 
A cava foi produzida pelo método champenoise (tradicional), com sergunda frementação em garrrafa e 9 meses de crianza (contato com as borras).
 
Visualmente a cava mostrou uma linda cor vermelho cereja claro, com boa formação de espuma e excelente desprendimento de pequenas borbulhas que dançam e sobem pela taça formando uma coroa. No nariz aromas de frutas vermelha e deliciosos toques florais (cravo e rosas) e de levedura. Em boca mostro bela acidez e frescor. Final de boca de boa intensidade e persistência com leve amargor aparecendendo, mas sem comprometer o conjunto.

Foi bem com um camarão na moranga e frutas como morango e uvas.
 

O Rótulo

Vinho: Cava Don Román Rosé
Tipo: Espumante
Casta: Trepat
Safra: Não safrado
País: Espanha
Região: Penedés
Produtor: Marqués de Tomares
Graduação: 12%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 68,00 (R$ 29,00 na promoção)
Temperatura de serviço: 6º a 8º

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Seria dos portugueses a nossa herança do "jeitinho" e da' "falta de zelo"?

A Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica anunciou esta sexta-feira ter apreendido mais de 29 mil garrafas destinadas a Vinho do Porto devido à existência de fragmentos de vidro, consideradas inseguras e perigosas para a saúde.
 
Em comunicado, a ASAE refere ter "procedido nas últimas semanas, no concelho de Gaia, distrito do Porto, à tomada de medidas no sentido de retirar do circuito comercial" garrafas de vidro destinadas ao engarrafamento de Vinho do Porto.
 
A existência de fragmentos de vidro nas garrafas foi dada através de uma notificação de alerta emitida pelas autoridades belgas, transmitida pela Comissão Europeia através do "Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais" a todos os estados-membros.
 
A ASAE sublinha terem apreendidas até ao momento cerca de 20.350 garrafas de vidro vazias e nove mil com vinho, num valor total de cerca de 63 mil euros.
 
"A situação relatada e objeto de ação de fiscalização não está relacionada com o produto em concreto, mas tão-somente com as garrafas onde o mesmo é embalado", destaca a autoridade.
 
A ASAE conclui que "dará continuidade no âmbito desta notificação de alerta às diligências consideradas necessárias para garantir a não introdução no mercado de garrafas que coloquem em perigo a saúde pública contribuindo para a defesa do consumidor".
 
Fonte: Jornal de Notícias

Herdade da Farizoa Seleção do Enólogo, um portuga tranquilo

Provamos mais um exemplar português, o Herdade da Farizoa Seleção do Enólogo, um vinho macio, com bom equilíbrio e pronto para ser bebido, prozudido pela Herdade da Farizoa, uma das quintas do grupo Companhia das Quintas, que conta ainda com outras 4 quintas: Quinta da Fronteira, Quinta do Cardo, Quinta de Pancas e Quinta da Romeira.
 
A Companhia das Quintas foi fundada em 1999 e, desde então, dedica-se exclusivamente à produção e comercialização de vinhos, espumantes e bebidas de elevada qualidade. Também desenvolve, desde sua criação, um plano de elevado dinamismo e inovação por meio de uma forte aposta nas mais elevadas técnicas de viticultura e enologia, o que a tornou uma das maiores empresas do setor em Portugal, com cerca de 400 hectares de vinha.
 
Herdade da Farizoa tem origem desconhecida. Porém, sabe-se que no século XVIII e parte do XIX, a propriedade pertenceu a uma das muitas ordens religiosas que viriam a se extinguir no ano de 1854. A vinícola possui um conjunto antigo de edificações, destacando-se um convento no qual se encontram referências a um passado de tradição vitivinícola. Na Herdade da Farizoa, encontram-se algumas das castas mais representativas da região do Alentejo, como a aragonez, uma variedade de grande qualidade, rica em taninos e que produz vinhos frutados, e a trincadeira, uma das varietais mais antigas e utilizadas no Alentejo.
 
A Herdade da Farizoa tem uma área de 60 hectares e está localizada na freguesia da Terrugem, integrada na sub-região de Borba, uma das três que constituem a Região Demarcada do Alentejo. O terreno, ligeiramente acidentado, torna fácil o trabalho na vinha, permitindo a total mecanização de algumas operações. O clima da região é caracterizado por primaveras e verões muito quentes e secos. Os valores relativos à insolação são muito elevados, particularmente no trimestre que antecede as colheitas, contribuindo para a perfeita maturação das uvas e para a qualidade dos vinhos.


Vamos ao vinho: visualmente mostrou cor rubi intensa, brilhante e a presença de lágrimas finas e rápidas. No nariz rico em aromas de frutas vermelha (cereja e ameixa), seguido de notas de cacau, café, tabaco e tostado. Em boca apresentou corpo médio com taninos redondos e em equilíbrio com a acidez e o álcool, com a fruta e o tostado aparecendo no retrogosto.

O Rótulo

Vinho: Herdade da Farizoa Seleção do Enólogo
Tipo: Tinto
Casta: Aragonez, Touriga Nacional, Syrah e Alfrocheiro
Safra: 2012
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Herdade da Farizoa, Companhia das Quintas
Graduação: 14%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 78,00 (R$ 50,00 no Clube W)
Temperatura de serviço: 16º

domingo, 18 de janeiro de 2015

Vinho é o segredo para longevidade

Uma taça de vinho de vez em quando é o segredo para longevidade, segundo a aposentada Rosa Francisca Florentina de 112 anos que vive em Américo Brasiliense (SP). Já para outra aposentada, Carolina Gregória Gouveia de 102 anos, que vive em Araraquara, o segredo é não ficar parado e trabalhar. As duas idosas estão entre os mais de 6 mil centenários que vivem no Estado de São Paulo, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
 
Os dados do IBGE apontam que o número triplicou no país em um intervalo de cerca de 10 anos. Passou de pouco mais de nove mil em 2002 para mais de 32 mil em 2013.
 
Para Rosa, além da taça de vinho que toma é necessário ter alegria para viver bastante. “Onde eu moro ninguém fica triste por que eu não deixo. É o dia inteiro de alegria”, disse. A aposentada nasceu em três de junho de 1902 no Rio de Janeiro e mora em Américo Brasiliense há 20 anos.
 
Nesses 112 anos ela construiu uma família grande. São 12 filhos biológicos, outros quatros adotivos. Entre netos, bisnetos e tataranetos são mais de 100. Hoje ela passa o tempo relembrando as histórias da família.
 
Ela se casou com 14 anos com um homem mais velho escolhido pela sua mãe. “Casei com um viúvo e vivia muito bem porque ele era sanfoneiro e onde ia me levava. Sentava perto dele, ele tocava sanfona e eu ficava sentada”, relembrou.
 
Para acompanhar o marido durante as turnês teve que viajar muito e morou em Minas Gerais, em Mato Grosso e em São Paulo. E por isso, gosta de dançar até hoje. Para a neta Maria Rosa Bernardino de Souza, a idosa é um orgulho. “A gente fica muito contente, cuida bem dela por que queremos que ela viva bem mais de 112 anos”, disse.
 
E depois de tantos anos vividos, Rosa entrega o futuro a Deus. “Peço para ajudar a gente a viver com saúde e felicidade. Vou viver o tanto que Deus quiser, quando ele disser que é hoje. Amém”, contou.
 
Fonte: G1

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Vinhoterapia: saiba quais os prós e contras do tratamento para envelhecimento da pele

O que é vinhoterapia?
 
A vinhoterapia é o tratamento feito com cremes, géis ou líquidos que tem por base compostos da uva e do vinho chamados de polifenóis, promovendo efeitos desintoxicante, clareador, nutritivo, renovador, tonificante e revitalizante. Além dos cremes, é possível o uso de banhos ou imersão com produtos com base de uva, uso de sais e bandagens com vinho.
 
Esses compostos da uva e do vinho são antioxidantes e combatem radicais livres, prevenindo também o envelhecimento da pele. Atualmente a vinhoterapia também é usada como tratamento redutor de medidas. Além dos banhos, pode-se optar por aplicar vinho quente com outros ativos sobre o corpo, o que mantém a temperatura através de agente externo, provocando a termogênese (tentativa do organismo de produzir e manter equilíbrio térmico), logo o incentivo da queima de gordura e, por sua vez, a redução de medidas.
 
Indicações da vinhoterapia
 
A vinhoterapia pode ser indicada para peles que necessitem de nutrição, renovação, tonificação, desintoxicação, revitalização e para tratamento redutor (perda de medidas). É uma ótima opção de tratamento para prevenção do envelhecimento da pele, auxiliando a retardar esse processo. A vinhoterapia pode ser usada no corpo e no rosto e já há indicação para tratamentos capilares (através de produtos específicos).
 
 
Existem vários protocolos viáveis a este procedimento. É interessante iniciar com higienização seguida de uma esfoliação para permitir, de forma mais efetiva, a penetração dos ativos que serão introduzidos depois. Para o corpo, após a esfoliação, pode-se utilizar creme ativador, bandagens, banho de imersão, manobras de modelagem ou drenagem ou ainda óleo essencial de semente de uva, entre outros.
 
Na face é importante que o protocolo inicie com higienização da pele e logo após a esfoliação, dependendo do foco do tratamento, que pode ser individualizado, assim como no corpo. Aplica-se o produto específico (pode ser máscara ou bandagens) para hidratação, revitalização, rejuvenescimento, clareamento ou iluminação.
 
Quem são os profissionais para fazer esse tratamento?
 
O profissional de estética ou fisioterapeuta devidamente habilitados e capacitados.
 
Cuidados antes da vinhoterapia
 
Por possuir base mais natural, não há recomendação específica para o pré-tratamento, mas é importante que o paciente esteja ciente do procedimento e de sua manutenção a ser cumprida. Se o paciente estiver usando ácido, é interessante suspender por pelo menos dois dias antes do procedimento.
 
Cuidados após a vinhoterapia
 
No pós-tratamento é importante o uso de filtro solar com FSP acima de 30 em caso de tratamento facial específico e a realização de manutenção previamente proposta pelo profissional. No caso de tratamento corporal redutor, a conscientização e realização de todos os quesitos propostos pelo profissional (alimentação adequada, prática de atividade física, uso de cosméticos...) são fatores importantes.
 
Contraindicações
 
Embora a base seja natural, é importante observar se há hipersensibilidade a algum composto que será usado. Em caso de tratamento corporal específico, é importante observar se haverá o uso de cosméticos termogênicos ou imersão, pelos efeitos causados (aceleração de metabolismo), sendo contraindicada a realização por pacientes com hipertensão não tratada ou quadro agudo. Áreas com lesões também devem ser evitadas, bem como indivíduos febris (em caso de imersão ou bandagens com vinho quente).
 
Grávida pode fazer?
 
Não é interessante, pois não existem estudos específicos sobre os reais efeitos sobre a mulher nesta fase.
 
Complicações da vinhoterapia
 
Não existem evidências de complicações, mas é importante observar no pós-procedimento se houver alguma irritação ou sensibilidade aos compostos utilizados.
 
Antes e depois da vinhoterapia
 
No tratamento corporal, pode ser observada a redução de medidas e remodelamento corporal ou ainda hidratação e relaxamento, além de maciez e mudança de textura da área, através de protocolo específico. No tratamento facial são notados maciez, brilho, clareamento, mudança de textura, além de refinamento e iluminação da pele. No tratamento capilar, embora pouco abordado, podem ser observados o controle de oleosidade e fortalecimento.
 
Fonte: Minha Vida
 
 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Quatro regiões improváveis de onde surgirão grandes vinhos

Öküzgözü, uva típica da Turquia
Você já experimentou um vinho feito da uva Öküzgözü? Provavelmente não, mas talvez em um futuro próximo ela esteja em sua mesa. Esta variedade de nome esquisito é natural da Turquia, uma das regiões mais promissoras do mundo do vinho atualmente e que pode se tornar uma potência no futuro segundo especialistas. No entanto, além da Turquia, experts apontam ainda outras três regiões no mundo com grande potencial de crescimento: China, Geórgia e a área de Finger Lakes nos Estados Unidos. Todas até então pouco conhecidas pelos enófilos.
 
Segundo o jornalista especializado em vinhos, Gregory Dal Piaz, a Turquia deve se tornar um grande player no mercado do vinho nos próximos anos. O país já é o sexto maior produtor de uvas do mundo e, apesar de ser conhecido pelas uvas de mesa, isso está mudando. Além disso, os turcos já produzem 28 milhões de litros por ano, mas têm potencial para dobrar essa quantidade facilmente, invadindo o mercado global. Outra qualidade da vitivinicultura turca são as variedades indígenas, incluindo a Öküzgözü, que em personalidade e é fácil de agradar, lembrando um pouco da Dolcetto, italiana. Piaz acredita que, em pouco tempo, ela produzirá grandes vinhos.
 
Já a China está na mira dos grandes players mundiais há algum tempo. Em uma década, os chineses duplicaram o número de hectares plantados no país (de 300 para 600 mil), tornando-o o maior produtor de uvas do mundo. Uma das vantagens da China é que diversos grandes grupos do mundo do vinho, como LVMH e Domaine Baron de Rothschild, só para citar dois, estão invenstindo bastante na produção local e criando um padrão de qualidade para a indústria chinesa.
 
Outras duas regiões que, apesar de bem menos badaladas, também estão sendo observadas de perto pelos especialistas são Finger Lakes nos Estados Unidos e a Geórgia. A área no nordeste norte-americano é conhecida por seus Riesling e agora tem recebido muito capital de investimento. Dois grandes produtores Paul Hobbs e Johannes Selbach, por exemplo, fizeram uma joint-venture para desenvolver vinhos no lago Seneca. Já a Geórgia, conhecida pelos vinhos "laranja" e a fermentação em ânforas, tem chamado a atenção por seus tradicionais vinhos Qvevri – fermentados no barro Qvevri. Esses vinhos são a porta entre o histórico e o moderno nesse país onde estão as raízes da vitivinicultura mundial.
 
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Vinho da Madeira com ano de ouro

O ano de 2014 foi excelente para o vinho da Madeira. Segundo a presidente do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), Paula Cabaço, foi registado um aumento nas vendas na ordem dos 6%, que se traduziu em cerca de 18 milhões de euros, o valor mais alto nos últimos 12 anos. Ao todo foram comercializados 3.372.160 litros. O grande responsável deste crescimento foi o mercado português (Continente, Açores e Madeira), onde foi registado um aumento de 5 % no volume de vendas (567.459 litros) face ao ano de 2013, confirmou Paula Cabaço.
 
 
O mercado nacional não foi o único culpado do sucesso do vinho da Madeira. Na União Europeia, as vendas aumentaram 6% na quantidade e 7% no valor. De todos, foi a Inglaterra que mais se destacou (um mercado já tradicional) com um aumento na ordem dos 13%, que se traduziu num volume de negócio avaliado em dois milhões de euros, em consequência dos 314.166 litros de vinho vendidos. Por outro lado, o mercado francês teve uma quebra de 1% (1.014.741 litros). Já os Estados Unidos da América têm provado ser uma boa aposta: em 2014 as exportações cresceram 16% na quantidade e 11% no valor, resultando em 1,9 milhões de euros. Por último, os mercados de países terceiros representaram um crescimento de 7% nas vendas, em 2014, quer em quantidade, quer em valor.

Vinho da Madeira em destaque no jornal britânico The Telegraph

Segundo o jornal The Telegraph, o Vinho da Madeira é uma “verdadeira alegria”, sendo inclusive uma excelente aposta para oferecer como presente de aniversário. O destaque foi dado pela jornalista Victoria Moore, em Dezembro, num artigo dedicado a 100% aos vinhos desta ilha portuguesa. Segundo a autora, é um “vinho fortificado”, “sério” e “impressionante”, graças às suas “extraordinárias propriedades de envelhecimento”. Garante valer a pena gastar mais dinheiro com os vinhos madeirenses, uma vez que possuem “mais personalidade”. Aos leitores aconselha ainda acompanhar o vinho com passas e tartes salgadas. Mesmo depois de o abrir, o vinho mantém-se bom durante muitos meses, termina Victoria Moore.
 
Fonte: Madeira

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

BB Balbo Malbec 2013

Ainda sobre os vinhos degustados na residência dos amigos Marcílio e Ana falo hoje sobre o BB Balbo Malbec 2013, um tipico varietal mendoncino

O vinho é produzido pela Balbo S.A, que juntamente com a Los Haroldos Bodega & Viñedos formam o Grupo Familia Falasco. Quatro princípios guiam a empresa: empresa jovem, ágil e dinâmica, sólido projeto e excelente relação preço/qualidade em seus produtos.
 
As vinícolas estão localizadas no departamento de San Martín, Zona Este de Mendoza, sendo esta a zona de maior produção vitivinícola de Mendoza, Argentina e América do Sul. O Grupo Familia Falasco recebe e processa as uvas proveniente de vinhedos próprios e uvas de terceiros provenientes de trezentos produtores.
 
Ao todo são 3.000 hectares de vinhedos conduzidos por uma equipe de Engenheiros Agrônomos e se encontram dentro dos principais oásis produtivos de Mendoza. A vinícola conta com uma capacidade de elaboração de 35 milhões de litros de vinho fino e processa, desde fevereiro até o final de abril, cerca de 40 milhões de quilos das uvas. A Familia Falasco ocupa o quarto lugar a nível nacional em quantidade de uvas processadas por ano.

Visualmente mostrou cor rubi intensa com matizes violáceas e lágrimas finas que escorreram tingindo as paredes da taça. No nariz aromas de frutas como ameixa e cereja, chocolate e menta. Em apresentou bom corpo com taninos maduros, boa acidez e repetição das notas olfativas. Final de boca de média intensidade com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
O Rótulo

Vinho: Balbo
Tipo: Tinto
Casta: Malbec
Safra: 2013
País: Argentina
Região: Vale de Uco, Mendoza
Produtor: Balbo S.A, Família Falasco
Enólogo: Enersto Peruzzi
Graduação: 13%
Onde comprar: ?
Preço médio: ?
Temperatura de serviço: 16º

'New York Times' aconselha Alentejo

O Alentejo é um dos 52 destinos mundiais a serem visitados este ano, eleito pelo jornal norte-americano The New York Times, sobretudo devido ao vinho, à gastronomia e ao céu estrelado da região.
 
Num artigo dedicado ao Alentejo, que começa com as perguntas 'Aborrecido de Bordeaux? Farto da Toscana?', o jornal apresenta a região como "alternativa aos destinos vinícolas e enogastronómicos mais reconhecidos a nível internacional" e aponta o vinho, a gastronomia e o céu estrelado como razões para a visitar este ano.

52% dos brasileiros toma vinho para relaxar

Vinho é uma categoria geralmente associada com o lado emocional, pois é consumida em momentos que sirvam como relaxamento, comemoração, para melhorar o humor etc. De acordo com pesquisa feita pela Mintel, mais da metade dos consumidores, 52%, declaram tomar vinho para relaxar, 33%, para comemorar algo e 15% para melhorar o humor, motivos que ressaltam o lado emocional da bebida. O destaque é saber que quase um quarto dos consumidores de vinhos declara tomar a categoria porque acha saudável, 23%, mesmo sendo um posicionamento pouco explorado pelas marcas de vinho no Brasil. Por mais que as marcas não explorem diretamente a saudabilidade do vinho, é comum haver notícias na mídia sobre resultados de estudos científicos e pesquisas feitas sobre vinhos, falando sobre seus benefícios à saúde, o que pode estar influenciando esta percepção do consumidor.
 
A categoria de vinhos espumantes já se posiciona como uma bebida para comemorações (como por exemplo, para celebrar o ano novo), mas os vinhos tintos, brancos e rosés não têm tanta associação direta com celebrações, mesmo sendo muitas vezes presentes de parabenização. Uma forma de posicionar mais os outros vinhos como presentes pode ser por meio de embalagens e rótulos festivos, e/ou com mensagens ou espaço para uma mensagem pessoal na própria garrafa.
 
Da mesma forma, garrafas de vinho poderiam oferecer espaços em branco no rótulo, para que seja possível escrever uma mensagem personalizada à pessoa que ganhará o presente. As marcas de vinho também poderiam vir com frases prontas, como “feliz aniversário” ou “parabéns pela conquista!”, além de edições limitadas com frases para datas festivas como o Natal, ano novo, dia dos pais etc. Atualmente, já existem muitas empresas que oferecem a personalização de rótulos de vinho para se dar de presente, como por exemplo, em casamentos e aniversários.
 
A pesquisa da Mintel também nos mostra que um terço das mulheres acima de 35 anos consome vinhos por achar que é uma categoria saudável. Uma das mensagens que a categoria de vinhos costuma comunicar, acerca de saudabilidade, é o fato do vinho possuir antioxidantes, conhecidos por combaterem o envelhecimento das células, e, portanto, muitas vezes considerado como um agente anti-idade.
 
Assim como a bebida Beauty Drink, uma bebida funcional à base de colágeno e vitaminas, o vinho também poderia se posicionar para as mulheres acima de 35 anos como uma bebida funcional. Como possui antioxidantes em sua composição, o vinho pode comunicar os benefícios do componente como uma forma de melhorar a saúde pelo lado estético.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Como abrir garrafa de espumante chacoalhado sem receio

Uma pesquisa da Universidade de Reims, na região de Champagne, França, mostrou que não é preciso ter medo de abrir um espumante depois de agitá-lo com receio de que a rolha voe longe e o líquido "exploda" em um spray de espuma. Aliás, segundo os cientistas, chacoalhar vigorosamente a garrafa pode até diminuir esse risco de explosão durante a abertura.
 
A explicação para isso estaria nas bolhas. Quando a garrafa está fechada, o dióxido de carbono  no líquido e o do gargalo são proporcionais. Ao agitar a garrafa, criam-se bolhas grandes durante a mistura do gás com o líquido. No entanto, quando essas bolhas se rompem, um pouco do dióxido de carbono é absorvido pelo líquido, reduzindo levemente o total de gás na garrafa.
 
Contudo, a diminuição na pressão depende do tempo. Se a garrafa for aberta logo após ser chacoalhada, sairá aquele spray de espuma com que os pilotos de Fórmula 1 costumam comemorar. Porém, se a garrafa for deixada em paz por alguns minutos (os pesquisadores apontam 2 minutos e 40 segundos como o tempo ideial), a dissipação das bolhas causam uma queda de pressão que dura cerca de 30 segundos.
 
De acordo com Gérard Liger-Belair, co-autor do estudo, "a diminuição de pressão é realmente muito pequena e detecta apenas em sensores de alta precisão". Ele acredita que, por isso, "a maneira mais segura de abrir uma garrafa de espumante é fazer isso gentilmente, sem sacodi-la".

Será? Caso resolva fazer o teste deixe sua experiência nos comentários...

Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Calendário da Vindima 2015 começa na próxima segunda

As primeiras uvas para espumante já estão sendo colhidas na região sul do Brasil, mas a colheita das variedades tintas e brancas para vinhos tranquilos começará um pouco mais para o fim de janeiro. E essa é uma das épocas mais alegres, bonitas e festivas na mais tradicional região vitivinícola brasileira, o Vale dos Vinhedos.
 
Este período – juntamente com o inverno e suas temperaturas agradáveis para desfrutar dos bons vinhos por lá produzidos – talvez seja o mais interessante para visitar a região, que desenvolve diversas atividades na famosa festa da vindima. Para 2015, a programação é extensa, indo de 15 de janeiro até 15 de março. A abertura oficial, com colheita de uvas no parreiral do Hotel Villa Michelon, ocorre no dia 31 de janeiro e conta com a participação das lindas Soberanas do Vale dos Vinhedos, da Imperatriz do Vinho e Damas de Honra, além de autoridades.
 
Mas as opções para quem quer aproveitar esse período e vivenciar essa incrível experiência que é a colheita são muitas, com inúmeras vinícolas, hotéis e pousadas oferecendo pacotes promocionais nessa época. Neste ano, durante a vindima também ocorrerá o lançamento do documentário Memórias do Vale dos Vinhedos (data e local ainda não foram divulgados). O filme retrata deste as motivações que levaram os imigrantes a abandonarem a Itália até a chegada ao Vale dos Vinhedos.
 
Confira abaixo toda a programação e pacotes para a vindima 2015 no Vale dos Vinhedos
 
Programações de colheita e pisa das uvas:
 
Abertura oficial da Vindima no Vale dos Vinhedos 

Data: 31 de janeiro de 2015
Local: Hotel Villa Michelon

Programação:

18h: colheita das uvas no parreiral modelo do Hotel Villa Michelon. Participam da colheita as Soberanas do Vale dos Vinhedos, Imperatriz do Vinho e Damas de Honra, autoridades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, acompanhados de convidados, imprensa, comunidade local e visitantes.
 
18h30min: ritual da pisa das uvas, resgatando as antigas práticas dos primeiros imigrantes que se estabeleceram na região. Participam do ritual as Soberanas e Imperatrizes, autoridades e convidados.
 
19h: Celebração religiosa no Salão da Comunidade 8 da Graciema
 
20h: Filó Italiano com a presença dos Corais típicos da Região e o conjunto de acordeões de Santa Tereza. Degustação de vinhos do Vale dos Vinhedos, comidas típicas e jogos.
 
Valor por pessoa: R$ 40 

Informações e reservas: 54.2102.1800 ou reservas@villamichelon.com.br

Festa da Vindima Casa Valduga
 
Período: aos sábados, a partir do último final de semana de janeiro, até o primeiro final de semana de março.
 
Local: Casa Valduga 

Programação:

08h: café da manhã servido sob os parreirais ao som de temas italianos

09h30min: saída para colheita nos vinhedos da Famiglia Valduga

12h: almoço típico servido em ambiente histórico, em meio as pipas de vinhos

16h30min: café colonial servido em espaço reservado da Famiglia Valduga, com atração especial

18h30min: Visita a Capela das Neves – igreja construída com vinho – com recepção do historiador e escritor Remy Valduga
 
19h30min: pisa das uvas acompanhada pelo Coral Terra Nostra 

21h: jantar de confraternização e encerramento

Neste passeio estão inclusos: transporte com carro tradicional, materiais específicos e personalizados para as atividades propostas, café da manhã, almoço e jantar com bebidas inclusas, brinde especial para o casal e fotógrafo profissional acompanhando todo o evento.
 
Valor da programação para duas pessoas: R$ 985
 
Informações e reservas: 54.2105.3154 ou reservas@villavalduga.com.br 
 
Festa da Colheita Hotel & Spa do Vinho
 
Pacote Festa da Colheita - inclui 2 diárias 
 
Período: válido para os finais de semana de 06 a 28 de fevereiro de 2015 – exceto de 13 a 17 de fevereiro de 2015
 
Confira a completa programação de cultura, relaxamento, alta gastronomia e bem estar: 

Sexta-feira 

Check in diferenciado a partir das 12h;

Jantar Temático Harmonizado “História do Vale dos Vinhedos”.

Sábado 

Prima Colazzione (café da manhã típico colonial);

Festa da Colheita: Entrega das brítolas e vestimentas, passeio nos vinhedos com orientadores, colheita nos parreirais, pisoteio e degustação do primeiro vinho. Na sequencia, almoço típico colonial ao ar livre, ao som de coral de descendentes de imigrantes italianos na Praça dos Vinhedos (10h30 às 14h).
 
Domingo 

Café da manhã à francesa no Leopoldina Restaurante;

Brunch ao Espumante, inclui 2 taças de espumante por pessoa, no Leopoldina Restaurante (bebidas não inclusas);
 
Late check out até às 16hs. 

Sua estadia inclui também: 

Convite cortesia para visitação VIP à Vinícola Miolo, estacionamento, acesso às piscinas e jacuzzi externas, Health Center, quadras de tênis, sala de jogos, charutaria, biblioteca, Internet Wi-Fi e Lan House.
 
Informações e reservas: 54.2102.7200 ou reservas@spadovinho.com.br 

Programações diferenciadas 

Lançamento do Documentário Memórias do Vale dos Vinhedos

Data: em breve serão divulgadas data e local do lançamento. 

Informações: contato@valedosvinhedos.com.br

Piquenique da Vinhos Larentis

Período: durante toda a programação da Vindima, mediante agendamento antecipado. 

Que tal saborear as delícias da nossa gastronomia em meio aos parreirais, degustando um bom vinho ou espumante? A Vinhos Larentis oferece a seus visitantes esta oportunidade: o piquenique nos parreirais.
 
Você escolhe o local onde deseja estender a sua toalha e saboreia uma tábua de frios, pães com geleias diversas e uma garrafa de vinho ou espumante da Vinhos Larentis.
 
Valor: R$ 45 por pessoa.
 
Informações e reservas: 54.3453.6469 ou larentis@larentis.com.br 

Mini cursos de degustação Vinícola Aurora 

Além da tradicional visitação guiada, a vinícola Aurora oferecerá mini cursos de degustação gratuitos durante a vindima.
 
Necessário agendamento antecipado.
 
Datas: segunda a sexta, às 09h e às 14h. Em janeiro também aos sábados. 

Informações e reservas: 54.3455.2051 ou turismo@vinicolaaurora.com.br

Lídio Carraro Vinícola Boutique 

Durante o período da vindima a Lídio Carraro atenderá diariamente das 8h às 18h, com degustações de vinhos Premium e Top Premium.
 
Também serão oferecidas as seguintes atividades aos visitantes:
 
- Degustações de uvas (diferença entre Americanas e Vits Vinifera); 

- Jantares Harmonizados (mínimo de 15 pessoas mediante agendamento);

- Harmonização de Chocolates e Vinhos (mediante agendamento).

Informações e reservas: atendimento@lidiocarraro.com ou 54.2105.2555

Há ainda pacotes especiais em restaurantes, pousadas e hoteís da região.

Para mais informações sobre a programação da vindima 2015, acesse: 

www.valedosvinhedos.com.br

Fonte: Revista Adega

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Santa Alicia Reserva Carménère 2012

Não nego, não sou fã da carménère, mas não posso deixar de falar dos que agradam, ainda se eles tiverem um preço justo e foi isso que aconteceu com o Santa Alicia Reserva Carmènère.
 
O vinho é produzido no Vale do Maipo pela vinícola Santa Alicia. A fermentação é realizada em tanques de aço inoxidável por 7 a 10 dias e após ficar pronto matura por 8 meses em barricas de carvalho americano e mais 8 meses em garrafa.
 
Na taça apresentou cor rubi intensa e brilhante com  halo ligeiramente púrpura e lágrimas finas e rápidas. No nariz apresentou aromas de frutas negras, leve toque herbáceo (hortelã e pimentão), chocolate amargo, baunilha e tostado. Em boca apresentou corpo médio, confirmação  do olfato e taninos macios e bem integrados a acidez e ao álcool. Final de boca de coa intensidade com a fruta e o tostado aparecendo no retrogosto.

O Rótulo

Vinho: Santa Alicia Reserva
Tipo: Tinto
Casta: Carmènère
Safra: 2012
País: Chile
Região: Vale do Maipo
Produtor: Santa Alicia
Graduação: 14%
Onde comprar: DLP
Preço médio: 30,00
Temperatura de serviço: 16º

sábado, 3 de janeiro de 2015

Conheça o lugar onde vinho é mais barato que água

É fácil hoje em dia encontrar nas prateleiras de alguns dos maiores mercados da Austrália vinhos mais baratos do que água.

Você pode escolher entre uma garrafa de um pouco conhecido vinho tinto por apenas um dólar australiano (cerca de R$ 2,20) e um vinho branco muito popular que é vendido a 2,99 dólares australianos (cerca de R$ 6,50). Isso, é claro, antes de avistar um galão de 4 litros por 17 dólares australianos (aproximadamente R$ 37).
 
 
Seja qual for sua escolha, ela proporcionalmente custará menos do que uma garrafa de água de 350ml - vendida normalmente a 2,50 dólares australianos (cerca de R$ 5,50).
 
"Vinhos estão mais baratos do que uma garrafa de água", confirmou à BBC o professor Kym Anderson, do Centro de Pesquisa Econômica de Vinho de Adelaide. "E isso soa estranho, especialmente considerando que o preço inclui o imposto do atacado e do varejo", diz ele.
 
Como é possível?
 
Não é a primeira vez que esse tipo de cenário de preços é notícia na Austrália, mas hoje a situação é muito grave, de acordo com especialistas. Os preços em todas as áreas têm sido afetados por diversos fatores interligados, incluindo as taxas de câmbio recentes, a queda da demanda internacional e excesso do produto no mercado doméstico.
 
O aumento do valor do dólar australiano em relação ao dos EUA entre o início de 2011 e 2013 teve dois impactos na indústria de vinho, disse Paul Evans, diretor-executivo da Federação de Produtores de Vinho da Austrália (WFA, na sigla em inglês). "Grande parte do volume que exportamos voltou ao mercado interno quando caiu a demanda internacional por nosso vinho".
 
Neste cenário, a competição entre os produtores locais tem crescido, o que derruba mais os preços, explica Evans. "Isso também é um incentivo para as importações e, assim, vimos crescer substancialmente as vendas de vinhos importados no mercado doméstico".
 
Impostos e preços
 
Outro fator que contribui para o baixo preço dos vinhos da Austrália é o imposto sobre o álcool. Isso varia por produto.
 
"Na Austrália há um sistema em que vinho e cidra têm diferentes impostos", diz Robin Room,
pesquisador de álcool e diretor do Centro urning Point de Álcool e Drogas, em Melbourne. "Para bebidas está sendo cobrado um imposto com base no valor de venda do produto, em vez de pela quantidade de álcool que eles têm". Portanto, isso significa que, se o vinho é vendido tão barato, o imposto é muito baixo também.
 
"Aqueles que fazem um produto caro pagam um imposto maior sobre ele", explica. E isso cria uma divisão dentro da própria indústria, completa ele. Uma das funções de Room é ajudar a reduzir os problemas relacionados ao álcool na Austrália. Um aumento de impostos sobre o vinho poderia ajudar a reduzir alguns dos problemas de saúde relacionados ao álcool. "Veríamos uma diminuição de problemas de saúde realmente sérios, bem como daqueles relacionados à ordem social e violência derivados da bebida", opina.
 
Em contrapartida, Room diz que houve um aumento constante de problemas de saúde associados ao álcool. Por exemplo, "os pedidos por ambulâncias em Victoria dobraram nos últimos dez anos, e muitos episódios estão relacionados ao consumo de álcool, de acordo com números de departamentos de emergência", relata. "Também têm aumentado o número de internações por cirrose hepática".
 
No entanto, ele observa que algumas bebidas alcoólicas "sempre foram baratas" no país e, além de impostos, estabelecer um preço mínimo para esses produtos "pode ser importante na redução de problemas relacionados ao álcool".
 
O duopólio e os produtores de vinho
 
Outro fator que mantém acessível o preço dos vinhos é o duopólio de dois grandes supermercados, Woolworths e Coles. As duas empresas controlam mais de 70% de todas as vendas de vinho no varejo. A Federação de Produtores de Vinho elogia os investimentos feitos pelos supermercados na indústria, mas também aponta a necessidade de rever a situação. "Há uma diferença considerável entre o poder dos varejistas do mercado e dos produtores de vinho, o que afeta negativamente a indústria como um todo", diz Evans, da Federação de Produtores de Vinho. "Isso se reflete na margem de lucro dos produtores de uva, que cai em cascata".
 
Outros dizem que o duopólio não é tão ruim e que as grandes redes estão ajudando os produtores em um momento difícil no mercado. Um pequeno produtor de Canberra diz que alguns varejistas são realmente bons comerciantes. "Eles estão definitivamente ajudando alguns produtores (a escoar) seu excesso de oferta", diz Fergus McGhie, da vinícola Mount Majura. Segundo ele, há um debate para reduzir a produção de vinhos em 10% para conter esse excesso. "E isso é em todas as regiões. Ouvimos que todo mundo precisa retirar 10% dos seus vinhos (de circulação) para trazer as coisas de volta ao equilíbrio. Mas ninguém quer fazer isso. E eu não vou. Só aqueles que não entendem o cenário reclamam do duopólio. Esses grandes varejistas só estão vendendo vinho e estão se saindo muito bem".
 
Consumidores
 
Em geral, os baixos preços dos vinhos australianos parece aceitável para alguns produtores e uma vitória para os consumidores, que procuram uma garrafa boa e acessível por menos de US$ 10.
 
E talvez seja uma vitória também para grandes varejistas, que são vistos como salvadores por alguns produtores que precisam reduzir o seu excesso de oferta.
 
Mas e no longo prazo?
 
A federação garante que a situação não é sustentável e que está trabalhando com o governo para corrigi-la. "Atualmente estamos experimentando uma desvalorização do valor da marca que muitos enólogos australianos ajudaram a construir por muito tempo", diz Evans. "Mas eu acho que o mais importante, no longo prazo, é acabar com o mito da relação entre a qualidade do vinho e o preço que se está pagando por ele. Dessa forma, vai ser muito difícil para os consumidores voltar a um sistema de preços que tenha mais relação com a qualidade do vinho que está sendo consumido."

Aquecimento global pode alterar o gosto de vinhos Pinot Noir

O paladar marcante, característico dos vinhos Pinot Noir, pode estar com os dias contados. Devido às mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, a uva, que sofre mudanças em temperaturas em sua acidez mais elevadas, pode ser substituída, alterando o sabor da bebida.
 
De acordo com o Daily Mail, pesquisadores suecos da Lund University afirmam que o sabor dos vinhos podem sofrer alterações pois o nível de açúcar das uvas muda de acordo com a velocidade de maturação da frutas, mais rápida em climas quentes.
 
Donos de vinícolas na França, Itália, América do Sul e Califórnia já estão tomando suas medidas para "salvar" os vinhos que levam a Pinot Noir, trocando-a por outra uva. O aquecimento global também pode aumentar o risco do vinho estragar, por isso os fabricantes terão de tomar um cuidado extra com as rolhas utilizadas e as condições de armazenamento.

Fungo atinge videiras na Serra gaúcha

O surgimento de um fungo que ataca as videiras preocupa os produtores de uva da Serra do Rio Grande do Sul. Chamado de "míldio", mas mais conhecido pelos agricultores como "mufa", ele pode ser altamente destrutivo.
 
As folhas ficam com manchas amareladas, enfraquecem e acabam caindo. A doença é causada pelo excesso de chuvas, típico do fenômeno El Niño. Segundo o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Lucas Garrido, os tipos bordô, niágara e isabel são os mais afetados. Como o açucar da fruta é produzido na folha, o vinho também pode ser afetado.
 
 
“Tendo menos folhas, devido à queda precoce, menos açúcar vai ser drenado para o cacho. Menos açucar, o produtor depois terá um vinho mais ácido”, explica o pesquisador.
 
Em uma propriedade de seis hectares no interior de Pinto Bandeira, o fungo já atinge 30% da área. Por isso, as vistorias passaram a ser frequentes. São 2 mil pés de 14 tipos de uva. Se não for controlado, o fungo pode comprometer 70% da produção. “A gente vive disso. Se não dá certo, a gente se preocupa. E para o próximo ano também é uma preocupação, porque afeta o galho”, destaca a produtora rural Lenir Forest.
 
O também produtor rural Vanius Foresti ressalta que muitas das vinícolas para as quais entrega, analisam as frutas do caminhão antes da compra. “Tem de ter qualidade final. Se não tem, corre o risco de voltar para casa com o produto, que é o teu ganha pão”, conta.
 
A Emprapa acredita que, apesar do fundo, a próxima safra deve ter aumento, se comparada à safra deste ano. Na safra passada, o estado colheu mais de 600 mil toneladas de uva.

Château Rougerie Bordeaux Supérieur 2011

Eu e Fernanda abrimos, no início de dezembro, este Bordeaux que estava na adega há quase um ano.

O vinho é produzido por Patrick Valette, proprietário do pequeno Château Rougerie, do século XVII. O Patrick é enólogo e consultor de grandes vinhedos ao redor do mundo.

Este exemplar é produzido é um varietal merlot, algo pouco usual nos países produtores do velho mundo, e passou por envelhecimento em barricas de carvalho por 12 meses, sendo 30% em barricas novas, 35% em barricas de 2º uso e 35% em barricas de 3º uso.

Visualmente o vinho mostrou cor rubi com halo vermelho translúcido e boa formação de lágrimas. No nariz mostrou aromas de cereja, ameixa, folhas secas, tabaco e tostado. Em boca apresentou corpo médio com taninos macios, porém com leve adstrigência, boa acidez, álcool na medida certa e repetição das notas olfativas. Final de boca seco, leve amargor e boa persistência, com a fruta e as folhas secas aparecendo no retrogosto.
 
Harmonizamos com tomates recheados.

O Rótulo

Vinho: Château Rougerie Bordeaux Supérieur
Tipo: Tinto
Casta: Merlot
Safra: 2011
País: França
Região: Entre-Deux-Mers, Bordeaux
Produtor: Château Rougerie
Enólogo: Patrick Valette
Graduação: 14%
Onde comprar: Wine
Preço médio: 60,00 (R$ 35,20 na promoção)
Temperatura de serviço: 16º

Qual bebida é menos lesiva aos dentes?

As férias de fim  e início de ano incentivam o consumo de bebidas alcoólicas que, de uma forma geral, são grandes inimigas da boca e dos dentes. Além de diminuírem a produção de saliva (o “detergente” natural da buca), por conta de seu alto grau de acidez, agridem o esmalte dental e as gengivas.
 
“A mucosa da boca é revestida por uma pele muito fina e sensível que, em contato com a acidez exagerada de algumas bebidas alcoólicas, podem sofrem sérias lesões. Várias pessoas que chegam ao meu consultório com o diagnóstico de câncer de boca, muitas vezes tinham entre seus principais hábitos consumir bebidas alcoólicas” diz o estomatologista Ricardo de Lima Devides.
 
Combinação perigosa: álcool e açúcar
 
Quando a bebida é alcoólica e ainda por cima doce, como é o caso das famosas caipirinhas de frutas que costumam levar bastante açúcar, o problema fica ainda maior. “Quando o dente entra em contato com bebidas muito açucaradas e por períodos longos como acontecem nas festas ou nas praias, lugares em que as pessoas ficavam bebendo às vezes o dia todo, o risco de cárie e de corrosão dental aumenta sensivelmente”, diz Lucas Borbonha Livieiro, cirurgião-dentista.
 
E o alto nível alcoólico das pingas ou vodkas usadas para fazer esse tipo de bebida (com teor alcoólico de mais de 40%), só piora a situação. “O álcool age diretamente nas glândulas salivares, diminuindo em até 40% o volume da saliva”, diz Lucas. Outro exemplo dessa combinação perigosa são os champanhes. Essas bebidas nada mais são do que vinhos espumantes fermentados duas vezes, em que na segunda vez se acrescenta levedura e açúcar, tornando ela além de alcoólica, bem doce, um perigo para a saúde bucal. Porém, um ponto positivo dos champanhes é que o teor alcoólico deles está entre os mais baixos (11%).
 
Vinhos, os mocinhos?
 
Nas férias de verão uma das bebidas mais consumidas é o vinho (branco ou tinto). O tinto especificamente tem fama de ser um grande inimigo da saúde bucal por causa do seu alto grau de pigmentação. Porém, segundo o cirurgião-dentista especializado em estética, Alexandre Bussab, se não fosse o teor alcoólico dessa bebida (que para ajudar, está entre os mais baixos, em 12%), ela seria uma das que menos afetam a saúde bucal.
 
“Alimentos pigmentados tendem a manchar os dentes, mas esse efeito pode ser passageiro se, em um curto espaço de tempo, a pessoa conseguir fazer uma boa escovação. O efeito da forte pigmentação de um suco de uva que não contém álcool, por exemplo, pode ser eliminado com uma boa higienização da boca feita em seguida”, diz o especialista.
 
Truques
 
Para não deixar as bebidas alcoólicas de lado na hora do brinde, existem algumas dicas ou truques que diminuem as agressões que elas causam na boca. Ingerir água junto com o vinho, por exemplo, diminui a acidez responsável por facilitar a adesão da pigmentação nos dentes.
 
Outra dica simples e fácil é sempre manter uma boa higiene bucal. “Escovar os dentes três vezes ao dia e usar fio dental deixa os dentes limpos e sua superfície lisa, o que dificulta que os pigmentos do vinho grudem na estrutura”, diz Alexandre.
 
 Segundo um estudo feito pela Universidade de Adelaide, na Austrália, os maiores danos aos dentes ocorrem nos primeiros trinta segundos de contato dos ácidos com a boca. Para evitar esse choque tão perigoso, use o canudinho para consumir bebidas ácidas. “Essa tática vai ajudar a diminuir a área de contato do líquido com os dentes”, diz Lucas.